Discografias Comentadas: Blue Öyster Cult (Parte II)

Discografias Comentadas: Blue Öyster Cult (Parte II)
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Richie Castellano, Buck Dharma, Jules Radino, Allen Lanier (R.I.P.) e Eric Bloom

Por André Kaminski

Nesta segunda parte, gostaria de dedicar algumas destas linhas a um fato que marcou muito o início da década de 80: a Black and Blue Tour, uma turnê em que os veteranos britânicos do Black Sabbath se juntam aos emergentes americanos do Blue Öyster Cult em shows nos Estados Unidos onde se alternariam em quem iria abrir e fechar a noite.

De acordo com algumas entrevistas, a tour tinha tudo para ser fácil e tranquila e enchendo os bolsos de ambas as bandas e seus empresários devido aos ótimos discos que ambas as bandas lançaram (Heaven and Hell e Cultösaurus Erectus) e aos velhos fãs fiéis do Sabbath junto aos novos do BÖC enchendo casas noturnas. Porém, ocorreu justamente o contrário.

Ambas as bandas eram empresariadas por Sandy Pearlman. O que se via por parte do Sabbath é que eles consideravam que Sandy beneficiava muito mais o BÖC pelo simples fato de que ele praticamente criou a banda. O BÖC já diz que eles achavam que os ingleses não gostavam de abrir para eles pelo fato deles serem… bem… o Sabbath. Não havia problemas internos entre os membros de ambas as bandas, mas aparentemente os roadies se odiavam e uns não permitiam que os outros usassem seus equipamentos, o que dava as vezes um atraso de 2 horas entre uma apresentação e outra. Juntando ao fato de que o baterista Bill Ward estava em um estado físico e mental lastimável, com apresentações terríveis e atrasos constantes, era fato que os bastidores de cada show eram tensos.  O BÖC pelo contrário, se uniu para tocarem os melhores shows possíveis justamente para mandarem um recado aos britânicos que “ninguém vai tocar melhor do que nós em nossa própria terra”.

Para piorar, na apresentação do Sabbath em Milwaukee, no momento em que as luzes apagaram, alguém da plateia inventou de atirar uma cruz de bronze no palco e esta atingiu em cheio a cabeça de Geezer Butler que apagou na hora. Com o palco cheio de sangue, a banda recolheu Geezer e saiu e quando as luzes se acenderam… cadê o Sabbath? A plateia enfurecida destruiu o local e ambas BS e BÖC foram banidas de tocar em Milwaukee por muito tempo. Basicamente, Pearlman disse que esse foi o dinheiro mais difícil que já fez e todo o stress que ele passou não valeu nem um pouco a pena. Filmagens dos shows da época foram lançadas em VHS como mostra a imagem abaixo. O BÖC sempre quis que essas filmagens fossem lançadas também em DVD, porém, Tony Iommi jamais permitiu que isto ocorresse. Por que será, hein?

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Independente disso, o Blue Öyster Cult continua sua carreira lançando discos que tiveram boas recepções no início dos anos 80 e outras nem tanto no decorrer dos anos, como iremos conferir abaixo.


Blue_Oyster_Cult-Cultosaurus_Erectus-FrontalCultösaurus Erectus [1980]

Depois da decepção de Mirrors, era hora do BÖC voltar as velhas influências daquele rock mais pesado de outrora e lançar seu disco mais aclamado desde Agents of Fortune. Uma pequena veia mais do rock progressivo transparece em meio as faixas dando uma classe ainda maior as excelentes músicas aqui presentes. “Black Blade” já inicia com um grande hard rock, com guitarras riffando bonito e mostrando que a banda está afiadíssima. “Monsters” começa com mais um hard rock daqueles juntando momentos de jazz que curiosamente não soam deslocados e são até divertidos. “Divine Wind” continua muito bem, mais cadenciada e lembrando aquele rock pesado mais blueseiro do final dos anos 60. Apesar de saber que muitos gostam desta canção, acho “Deadline” inferior e a mais fraca do disco, embora nada que me fizesse pular a faixa. “The Marshall Plan” pelo que andei lendo, parece mesmo uma faixa meio satírica, tirando onda de um Van Halen e daquelas bandas muito “amantes do rock and roll” contendo até um pequeno trecho do riff principal de “Smoke on the Water” do Purple. Uma música, digamos, curiosa. “Hungry Boys” é uma canção tipicamente new wave, daquelas que seriam o carro-chefe da década. Diferenciada e interessante, a banda neste disco não parece se levar nem um pouco a sério. “Fallen Angel” é um AOR daqueles que me agradam nos primeiros toques de guitarra e teclado. “Lips in the Hills” e “Unknown Tongues” são dois hards (o último um tanto AOR também) que fecham de maneira muito boa um disco que é o meu preferido dessa segunda parte. Variado, empolgante, divertido, Cultösaurus Erectus vale sim uma audição apurada por parte de seus ouvidos.


Fire of Unknown OriginFire of Unknown Origin [1981]

Último disco da banda com um hit comercial, a banda agora tem apostado mais no AOR bem ao estilo Journey e Asia. O último trabalho do BÖC com a formação clássica da banda. O disco também continua com a banda criando letras bem humoradas. A primeira canção “Fire of Unknown Origin” segue com o teclado de Lanier em destaque em uma canção bem típica do Asia. E então temos talvez o segundo maior clássico do BÖC que é “Burnin’ for You”. De longe a melhor faixa do disco e uma das melhores da carreira deles, é açucarada, bonita, animada e com Dharma solando divinamente como sempre. “Veteran of Psychic Wars” é outro destaque com aquela batida diferenciada de bateria e teclados que lembram as bandas progressivas espaciais da década anterior. Seguindo no instrumental espacial, “Sole Survivor” o mistura bem com o hard rock continuando em uma linha de diferentes influências que gera um resultado único e positivo. “Heavy Metal: The Black and Silver” é a canção mais pesada do álbum, com bons refrãos e destaque principalmente da guitarra e da bateria. Porém, a partir daqui, o disco possui uma queda de qualidade a meu ver. “Vengeance (The Pact)” e “Joan Crawford” são dois hards comuns, “After Dark” e “Don’t Turn Your Back” são dois synthpops fracos e sem qualquer destaque.  O disco em si é bom principalmente pelas cinco primeiras canções. As últimas quatro infelizmente não mantém o mesmo nível, o que dá uma baixada grande na empolgação.

Durante a tour, os problemas da banda com o baterista Albert Bouchard começaram a se agravar. Enquanto fizeram uma “trégua” na Black & Blue Tour em que os shows foram elogiadíssimos, nesta de 1981 Albert começou novamente a implicar com os outros membros. O seu desempenho ao vivo começou a decair, as drogas e o álcool cobraram o desempenho e seu irmão Joe fez de tudo para mantê-lo na banda e apaziguar seus problemas. Mas chegou um momento em que dois atrasos seguidos em shows na Inglaterra foram a gota d’água para a banda, em que Rick Downey o substituiu nas primeiras metades de ambos. Os outros membros apenas disseram que era muito melhor manter Rick na bateria ao invés do problemático Albert e este acabou demitido.

O baterista tocou em discos de várias bandas, produziu outras tantas e em 1994 formou o The Brain Surgeons, banda de hard rock com 8 álbuns lançados que encerrou as atividades em 2006. Atualmente está no Blue Coup junto ao irmão Joe Bouchard (que sairia do BÖC alguns anos depois).


Blue_Oyster_Cult-The_Revolution_By_Night-FrontalThe Revölution By Night [1983]

A formação clássica já era e Rick Downey é efetivado na bateria (porém, os deixa ainda em 1985). Nesse disco, a banda além de se utilizar dos sintetizadores tais como no álbum anterior soando AOR, a produção também muda bastante, indo mais para o pop rock/new wave do que o hard rock de outrora. As guitarras soam bem mais acanhadas, dando espaço aos já citados sintetizadores. Independente de “Shooting Shark” conseguir ser até bem tocada nas rádios, a questão é que esse disco deve muito em termos de qualidade. “Dragon Lady” foi a única que conseguiu me agradar um pouco porque as outras…”Eyes on Fire” por exemplo, soa como um filler qualquer de algum disco do Asia. “Let Go” já me soa como uma faixa descartada do The Police. Algumas boas ideias aqui e acolá, infelizmente tudo muito pasteurizado, formatado para agradar a moda disco e seguir o que ditava o período e pouco do que fez o BÖC um destaque que foi na década anterior. Este é o álbum que menos gosto de toda a discografia deles.

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Em 1984: Joe Bouchard, Rick Downey, Donald Roeser, Eric Bloom e Allen Lanier.

Depois da saída de Downey, Thommy Price (da banda de Joan Jett) o substituiu brevemente e depois foi seguido por Jimmy Wilcox.


Club NinjaClub Ninja [1986]

O que já estava ruim, ficou ainda pior: investimento alto na produção e na divulgação e vendas fracas. Embora a crítica tenha se dividido quanto a opinião sobre o disco em si, mais uma vez a banda não consegue agradar aos fãs e eles continuam em busca de um lugar ao sol dentro do nicho AOR. Allen Lanier, insatisfeito com as composições, saiu para a entrada de Tommy Zvonchek nos teclados (Lanier voltaria em 1987). Apesar de bem longe de ser um disco bom, há duas canções neste disco que gosto bastante que são as duas primeiras “White Flags”, um synthpop bem bacana e “Dancin’ in the Ruins” que é um AOR digno do Journey. Mas meu apreço pelo disco termina por aí. Faixas fracas como “Make Rock Not War” e ” Madness to the Method” não valem os minutos de seu tempo investidos em sua audição. Mesmo para quem ama o Survivor ou o Toto de paixão, não creio que irá encontrar nada aqui de muito aproveitável.

Apesar da volta de Lanier logo após o lançamento de Club Ninja, a banda passa por mais uma baixa em sua formação: o baixista Joe Bouchard os deixam alegando falta de interesse nos rumos musicais que a banda vem tomando e um certo desânimo quanto a continuar no ramo. Joe então tentou se tornar apenas produtor musical, ao qual foi um fracasso retumbante (segundo o próprio). Após isso, se tornou professor de música em uma escola local em Nova Iorque, maestro de uma orquestra de câmara local e professor de ensino de música através de computadores. Recentemente lançou três discos solo nos anos 2010 e voltou a tocar com o irmão Albert na nova banda deles chamada Blue Coupe, com dois álbuns lançados. Jon Rogers assume o baixo do BÖC nesse período. Wilcox também cai fora e Ron Riddle assume as baquetas.


blueoystercult-imaginos-coverImaginos [1988]

Este disco tem história. O álbum foi planejado para ser conceitual e o início de uma trilogia imaginada por Sandy Pearlman em que várias histórias próprias de característica gótica seriam os temas de suas canções. Uma certa influência do horror de H. P. Lovecraft (famoso autor de The Call of Cthulhu) também se faz presente. O baterista Albert Bouchard começou a trabalhar em Imaginos em 1981, pouco antes de ser demitido e o álbum ficou engavetado durante muitos anos, com algumas tentativas de lançamento em 1984 sem sucesso. Depois de refazê-lo e finalizá-lo a CBS/Columbia resolveu lançá-lo em 1988. Apesar da crítica elogiar o trabalho e, finalmente, o BÖC voltar a sonoridades mais antigas, as vendas foram mais uma vez decepcionantes, o que fez com o que o contrato com a gravadora terminasse ao fim da turnê. Independente disso, é simplesmente um alívio ver aquele peso sensacional das guitarras, os teclados sendo bem colocados, a bateria muito mais proeminente e Bloom e Dharma cantando de forma mais agressiva. É outra banda, praticamente. E muito melhor. “Les Invisibles” tem solos de guitarra fantásticos. “In The Presence of Another World” começa calma para depois estourar em um hard rock, quase heavy metal digno dos melhores momentos do UFO. “Astronomy” foi refeita para este disco visto sua temática encaixar perfeitamente no conceito dele. Há ainda “Magna of Illusion”, “Imaginos”… várias faixas excelentes.

Voltem com a lista de 1988, eu preciso corrigir este erro que cometi e votar neste álbum como um dos melhores do ano.


blue-oyster-cult-bad-channels-lp-front-788x800Bad Channels [1992]

Este disco é uma trilha sonora feita pela banda (e mais algumas outras, mas apenas o BÖC foi creditado na capa) para o filme Bad Channels, traduzido no Brasil como “O Alien do Mal”. Falando apenas sobre a participação do BÖC, na primeira parte do cd temos duas faixas deles que são “Demon’s Kiss” um bom hard rock com um jeitão bem Kiss e “The Horsemen Arrive”, um heavy metal excelente e bem oitentista que fazia anos que eles não soltavam em seus álbuns. Depois dessas duas faixas, a banda faz todo o instrumental de trilha sonora para cenas do filme em faixas curtas cuja maioria tem no máximo 2 minutos. Pouco a se destacar, as melhores são “Cosmo Rules, But Lump Controls” e “Tree Full Of Owls” que tem umas levadas diferentes enquanto as outras são como músicas inacabadas e diferentes solos de guitarra. É um disco que não vale o dinheiro investido, exceto se você for muito fã da banda.

Em 1994, eles lançaram Cult Classic, com todos os principais hits da banda em versões regravadas pela formação da época (Bloom, Dharma e Lanier, mais Jon Rogers no baixo e Chuck Burgi na bateria, entrando no lugar de Ron Riddle). Algumas versões ficaram muito boas tais como “Godzilla” e “Harvester of Eyes”. Outras ainda prefiro as originais como “Burnin’ for You”, “(Don’t Fear) The Reaper” e “Flaming Telepaths”. Melhor que uma simples compilação, é um disco que vale pela curiosidade de rever estes clássicos após anos de estrada.


Heaven ForbidHeaven Forbid [1998]

Após 10 anos desde o último disco verdadeiramente de inéditas, o Blue Öyster Cult agrada com um ótimo disco hard/heavy. O excesso de teclados foi atenuado, remetendo aos primeiros álbuns. Além do trio principal, Jon Rogers e Danny Miranda se revezam no baixo e Chuck Bürgi é o baterista da maior parte das canções. As letras foram escritas por John Shirley junto a banda, trazendo sua temática cyberpunk pela qual ele ficou conhecido em seus romances. “See You in Black” é um típica faixa que seria gravada pelo Saxon. Veloz, pesada e com Dharma riffando lindamente, temos a banda de volta nos eixos daquilo que sempre soube fazer melhor. “Harvest Moon” segue com uma pegada mais hard rock trazendo bons arranjos e harmonias vocais e um estilo que a banda tocava em Cultösaurus Erectus. “Power Underneath Despair” é outra canção excelente, com inspiração claramente sabathiana. “X-Ray Eyes” alivia um pouco nas guitarras e lembra o que foi feito em Mirrors, mas com uma qualidade que poderia facilmente entrar neste citado disco. “Hammer Back” é mais uma bela pancada, “Damaged” é um hard rock com o selo de qualidade BÖC e “Cold Gray Light of Dawn” novamente traz Dharma se destacando em seus riffs. “Real World” e “Live for Me” são rocks no máximo medianos, praticamente fillers mesmo, mas “Still Burnin’ lembra bons momentos de Fire of the Unknown Origin. Por fim, temos uma regravação de “In Thee” do tecladista/guitarrista Allen Lanier, que consegue soar melhor do que a original do Mirrors nesse formato mais acústico. Para quem não esperava muita coisa por parte dos veteranos norte americanos, vemos aqui que Bloom, Dharma e Lanier continuavam com criatividade e boas ideias para suas composições e este disco vale muito a pena ser adquirido.


blue-oyster-cult-curse-of-the-hidden-mirror-20111024032255Curse of the Hidden Mirror [2001]

Esse disco traz aquela característica típica de quando bandas já antigas e com seus clássicos já consolidados fazem quando lançam novos trabalhos: composições seguras, nada muito inovador, boa qualidade e bons ganchos mas nada que te surpreenda. É o trabalho que serve para mostrar que a banda ainda tem algumas ideias. Muitas bandas famosas dos anos 70 e 80 que ainda lançam discos fazem isso atualmente. O BÖC resolveu fazer o seu em 2001 e parar por aí para se concentrar em turnês desde então. O álbum segue a linha hard/heavy do anterior, entretanto, com faixas menos inspiradas. John Shirley voltou a colaborar com as letras. Danny Miranda e Bobby Rondinelli gravam o baixo e a bateria respectivamente. As faixas que destaco seriam “Pocket” o então considerado único single do disco destacando o baixo e uma levada que lembra bons momentos do velho AOR oitentista, e “Eye of the Hurricane” um hard rock grudento e chacoalhador de cabelos com bastante teclado que lembra de certa forma o Kiss dos anos 80. Bom disco, dá para dar uma chance a ele que no mínimo não irá te desagradar.


A banda tem se concentrado apenas nas apresentações ao vivo sem assinar com nenhuma gravadora. Um novo disco parece improvável no momento. Em outros tempos, a bateria já chegou a ser assumida por John Miceli e John O’ Reilly, e o baixo por Greg Smith e pelo famoso Rudy Sarzo. Os cargos de baixista e baterista estão hoje estabilizados com Kasim Sulton nas quatro cordas e Jules Radino nas baquetas, com Richie Castellano fazendo o papel de Allen Lanier nos teclados e guitarras. Por sinal, este último merece um parágrafo a parte.

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Allen Lanier

Lanier continuou tocando com o BÖC até 2006 quando resolveu se aposentar da música. Ele ainda fez algumas participações especiais em shows em 2007 e 2012, sua última performance ao vivo. Porém, em agosto de 2013, Lanier falece. O tabagismo causou um terrível enfisema pulmonar que o levou desse mundo. Nem preciso dizer o quanto essa notícia chocou os fãs.

Em junho agora de 2016 o BÖC fez um show especial na Times Square de Nova Iorque homenageando Lanier que contou com a participação especial dos irmãos Bouchard. A “quase formação clássica” não se reunia há décadas. Sei que os fãs que estiveram lá de acordo com as redes sociais foram ao delírio. Ultimamente eles têm se concentrado em tocar Agents of Fortune inteiro nos shows em comemoração ao quadragésimo aniversário do álbum.

A banda hoje se concentra nas figuras de Dharma e Bloom. E aparentemente irão ambos morrer abraçados no palco. Provavelmente porque eles não tem medo do ceifador. Independente disso, o Blue Öyster Cult deixou marcado seu nome na música e serão sempre lembrados por velhos rockeiros hoje na casa dos 60 anos e alguns jovens fãs dos anos 70. Para você que não os conhece, dê uma chance a banda. Rock setentista não é só sinônimo de Europa. E o Culto da Ostra Azul comprova esse fato.

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Richie Castellano (guitarras, teclados), Kasim Sulton (baixo), Donald “Buck Dharma” Roeser (guitarras, vocais), Jules Radino (bateria) e Eric Bloom (vocais, guitarras)

27 comentários sobre “Discografias Comentadas: Blue Öyster Cult (Parte II)

  1. Parei no The Revölution By Night e não me animei a ouvir a banda jamais, por que esse disco é muito brabinho. As resenhas do André são animadoras, então, veremos o que virá.

    1. Eu recomendo o Imaginos e o Heaven Forbid que são os melhores a meu ver após o Cultosaurus.

  2. Eu devo ser uma dos únicos que gostam do The Revölution By Night. Já o Club Ninja é fraco, não tem jeito. É surpreendente que no o disco posterior, Imaginos, a banda tenha conseguido fazer um ótimo trabalho. Mas, como o André lembrou, este disco é a retomada de um projeto anterior ao Club Ninja.
    Ótima matéria. Eu simplesmente desconhecia esse “Bad Channels”.

    1. Sim, felizmente podemos considerar que este trabalho fez a banda se tocar que deveriam investir mais no velho hard rock ao qual sempre se destacaram, fincar de vez o pé no underground e desistirem das grandes rádios para fazer uma carreira estável.

  3. Ótima discografia, André. Coisa de quem ama a banda. Estes últimos discos, salvo uma ou outra coisa, não conheço.

    1. São pouco conhecidos mesmo. Mas alguns deles merecem uma checagem. Obrigado pela consideração, Eudes.

  4. Este VHS Black and Blue chegou a ser editado no país…ou pelo menos, era possível encontra-lo nas locadoras.

      1. Pois é, não sei se foi lançado aqui ou se a locadora que eu frequentava tinha uma versão importada.

        1. Foi lançado sim. Era bem comum encontrar ele nas locadoras. E passava direto na extinta Manchete

      1. Participação de Robbie Krieger em “Roadhouse Blues”, e um dos melhores discos ao vivo da década de 8, talvez um dos últimos grandes discos ao vivo antes disso virar comércio tipo 8 de março

  5. Olá André! Muito interessante sua análise do álbuns da banda, ainda melhor ver que o BÖC conseguiu um reconhecimento brasileiro. Mas então, gostaria de saber a fonte que diz que o Albert Bouchard possuía problemas relacionados com álcool e drogas. Na minha crença o único integrante que possuía relação direta com esse tipo de coisa era o Allen Lanier (R.I.P). Aguardo resposta.
    Abraços

    1. Olá Giovani, seja bem vindo ao site.

      Joe Bouchard cita este problema nesta velha entrevista, ainda em 1997.

      “But that attitude wouldn’t last forever. AB’s lack of performance on stage was brought about by a strained family situation complicated by drugs and alcohol, ego battles with others in the band. I fought to keep him in the band for several months before it happened. ”

      Fonte: http://www.oocities.org/sunsetstrip/Towers/1615/joeint.html

      Abraços!

      1. Olá André, desculpas pela demora. Obrigado pela fonte! Eu sempre fui muito aficionado na banda e nunca tinha lido essa entrevista tem bastante coisa interessante mesmo. Uma pena o Albert ter vacilado nos shows na Inglaterra em 81, se ele não tivesse saído talvez o futuro da banda teria sido diferente, não está ruim, mas poderia estar melhor. Espero que o álbum final deles conte com uma participação dos Bouchard, não sei se você já sabia que eles planejam produzir mais um álbum, pelo menos foi o que eu li em uma intrevista com o Eric Bloom.

        Abraços!

        1. Não sabia dessa, Giovani. Ainda bem, eles precisam de pelo menos mais um disco de inéditas mesmo. Se sair no mesmo nível de Heaven Forbid, já acho que valerá a pena. Abraços!

  6. André, parabéns pelas resenhas. Confesso que li a primeira parte com mais entusiasmo do que essa segunda. Tenho tentado abrir a cabeça, mas é difícil pra mim entender o que alguma das minhas bandas preferidas do Rock ’70 fizeram na década de 80: BÖC, Thin Lizzy, UFO, Nazareth… Acho que os anos 80 não fizeram muito bem pra elas. Enfim, vou tentar dar mais uma chance pra algum desses trabalhos.

    Aproveitando o gancho, se tem uma banda que considero injustiçada é o Nazareth. Dan é um dos melhores vocalistas da história do Rock e a discografia dos ’70 da banda é bem boa. Mereciam uma discografia comentada. O que acha? Abraço e parabéns.

  7. Hein André, não acha “Fallen Angel” parecido com o que o The Who veio depois? Até a voz parece a do Daltrey!

    1. Cara, você tem razão sim. Lembra muito o The Who oitentista ali logo após a morte do Moon. Bem sacado!

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