Test Drive: Stew – People [2019]
Convidados: André Kamisnki, Daniel Benedetti, Davi Pascale e Mairon Machado
O grupo sueco acabou de lançar, no último dia 11 de outubro, seu debut, intitulado People. Formados em 2017, em 2018 o grupo lançou seu primeiro EP, Hot, gravado ao vivo para apresentar a intensidade do grupo in the act, levando a revista Classic Rock Magazine a escolher “Might Be Keeping You” como uma das melhores faixas de 2018. People foi gravado em apenas 9 dias, como as bandas do final da década de 60, início dos 70 faziam, e o resultado, confira aqui as opiniões dos consultores que o ouviram.
André: Sorte que a banda é muito mais do que aquela intro “avantgarde” cheia de “mudernidade” que achei que seria naqueles primeiros 30 segundos de música. A banda bebe da fonte do Black Sabbath setentista com algumas salpicadas de blues rock, acid e psicodélico. Variando em faixas que lembram o Sabbath e o Purple com outras em que lembram o Free e o Atomic Rooster, estes suecos fazem um rock “velho” soar com uma nova energia muito agradável e empolgante. Achei o baterista Niklas Dahlgren o melhor integrante com batidas e viradas excelentes e uma pegada que me fez lembrar do bom e velho Bill Ward em seus melhores tempos. As músicas que mais gostei foram “Endless Journey” me remetendo a algo do Steppenwolf (e contando com um tecladinho Hammond para fazer um carinho na turminha do prog) e “Goddess” com uma linha ganchuda de baixo e uma guitarra blues ardida lá dos gloriosos anos 60. Belo disco, manda mais Mairon!
Daniel: Gostei bastante deste álbum. People é o disco de estreia da banda sueca Stew e, pela primeira audição, considero-o uma verdadeira ode ao Rock setentista. O grupo é formado por Markus Åsland (Baixo/Vocal), Nicklas Jansson (Guitarra) e Nicklas Dahlgren (Bateria) e, tanto os vocais quanto o trabalho das guitarras, são pontos altamente positivos do álbum. A sonoridade é focada em um vigoroso Hard Blues Rock e, se não vai mudar a vida de ninguém que o ouvir, ao menos é uma grande diversão garantida. Destaco “Right On Time” com um riff bem legal e ótimos vocais de Asland, a cadenciada “Newborn” e a linda “Afraid of Getting Nowhere”. Um disco que voltará mais vezes aos meus ouvidos.
Davi: A Suécia vem nos brindando com ótimos grupos de rock nos últimos tempos e o Stew foi o mais novo nome a me surpreender. O power trio formado por Markus Asland (baixo/voz), Nicklas Jansson (guitarra) e Nicklas Dahlgren (bateria), aposta em um rock n roll retrô com bastante referência daquele hard rock que rolava no final dos anos 60 e início dos anos 70, onde os músicos cruzavam o gênero com o blues. Difícil não pensarmos em nomes como Free e Led Zeppelin enquanto ouvimos esse trabalho. Difícil também não lembrarmos de alguns grupos mais modernos que se inspiraram em artistas da mesma época. “Right on Time”, a primeira faixa do álbum soa como uma feliz mistura entre Gov´t Mule e Black Crowes. O baterista Nicklas Dahlgren é um dos grandes destaques do conjunto. E isso fica claro em faixas como “Playing The Fool” e “Fruits”, essa última com clara inspiração em John Bonham na hora de construir a levada. Nicklas Jansson também se demonstra bom de riff e se destaca em composições como “Sweet and True” e a faixa-título. Markus Asland se destaca por seu trabalho vocal, especialmente em canções como “Endless Journey” e no blues “Afraid of Getting Nowhere”. Fiquei bem feliz com o que ouvi. Composições fortes, excelentes músicos, certamente um dos melhores trabalhos que ouvi nessa série Test Drive. Banda bem promissora.
Mairon: Como é bom quando somos surpreendidos por um disco. É o caso desse power trio sueco, que foge totalmente dos padrões esperados para os nórdicos. O grupo apresenta um hard setentista que parece saído das fornalhas californianas, tamanho o calor exalado em ótimas canções como a bluesy “Afraid of Getting Nowhere” ou a pancada de abertura “Right on Time” . O álbum é curtinho, 37 minutos, com nenhuma faixa ultrapassando cinco minutos, o que facilita bastante para muita gente apreciá-lo do início ao fim de uma tacada só, e ficar com a sensação de “preciso ouvir isso de novo” martelando na cabeça. Baixo avassalador no talo (“Fruit”), guitarras carregadas de distorção em solos ácidos (“Goddess” e “People), vocais gritados e rasgados (“Newborn), bateria conduzindo com muita pancadaria e groove (“Play the Fool” e “Sweet and True”), riffs memoráveis (“Endless Journey”), e até um violãozinho com pássaros na belíssima “Morning Again”. Enfim, tudo aquilo que podemos amar no bom e velho hard 70 você irá encontrar em People, que facinho entrou na minha lista de Melhores lançamentos de 2019.
Essa banda tem tudo para ir longe. Que som bom vieram das caixas durante a audição. Um dos Melhores Discos de 2019 fácil
Gostei bastante também, Mairon. Séria candidata ao meu top 10 de 2019.
Excelente banda…som cru..
hard de primeira