Axel Rudi Pell – Sign of the Times [2020]
Por Thiago Reis
O guitarrista alemão Axel Rudi Pell está de volta com mais um álbum de sua extensa carreira. Após Knights Call (2018), Axel vem já com a sua conhecida formação, com Johnny Gioeli nos vocais, Bobby Rondinelli na bateria, Volker Krawczak no baixo e Ferdy Doernberg nos teclados e com o álbum de nome Sign of the Times, lançado através de sua parceira de longa data Spv Steamhammer. Começamos com as já conhecidas “intro” que abrem os discos de ARP, desta vez chamada “The Black Serenade”, que coloca o ouvinte devidamente pronto para o início do álbum.
“Gunfire” é um hard rock com ótimos riffs, bateria muito bem executada e teclados presentes. Gioeli chega com seus já conhecidos vocais e deixando a faixa ainda mais interessante. Se estivéssemos em tempos normais, sem dúvida a dobradinha “The Black Serenade”/”Gunfire” estaria presente nos set lists dos shows da banda. “Bad Reputation” é a candidata perfeita para single e vídeo clipe de trabalho e não é à toa que foi a escolhida para tal. Animada, ótimos riffs, vocais empolgantes e refrão ao estilo dos grandes clássicos de Axel Rudi Pell, em que temos a vontade de ouvir a mesma música dez vezes seguidas.
A faixa-título é a próxima apresenta peso e riffs um pouco mais arrastados, mas quando aparecem os vocais de Gioeli, percebemos a genialidade do vocalista, com ótimas melodias. Axel Rudi Pell executa um belo solo que abrilhanta ainda mais a música, terminando com a volta ao riff inicial da música. “The End of the Line” é mais uma faixa rápida, com destaque para a “cozinha” da banda, que se mostra muito bem sincronizada. Além disso, mais uma vez os refrões também se destacam, por serem empolgantes de fácil assimilação.
“As Blind as a Fool Can Be” acalma um pouco os ânimos, com uma daquelas introduções que Axel gosta muito, com influências de Rainbow. Gioeli entra em seguida, com muito feeling e uma belíssima interpretação das letras. Para aumentar o clímax da música, Axel nos brinda com um belíssimo solo que culmina com os vocais de Gioeli cantando o refrão. “Wings of the Storm” tem destaque inicial para a bateria de Bobby Rondinelli e os teclados de Ferdy, mas logo depois Axel aparece com um riff muito bem executado e mais arrastado, palco perfeito para a voz grave de Gioeli, que se destaca ainda mais no refrão com a passagem “Fly, Eagle Fly…”. Juntamente com “As Blind as a Fool Can Be”, Wings of the Storm” podem ser facilmente músicas escolhidas para um future repertório.
“Waiting for Your Call” se inicia com uma clara influência de Hard Rock dos anos 1990. Após esse inicio nostálgico testemunhamos mais um ótimo riff de Axel, mas dessa vez com um refrão não tão inspirado como no restante do disco. “Living in a Dream” é completamente diferente do restante do disco, com uma guitarra “swingada” e a bateria ditando o ritmo. Uma boa pedida para dar um ar diferente ao material. Mas depois de aproximadamente um minuto, vemos de volta os teclados e os riffs mais característicos de Axel, mudando bem a dinâmica do som. “Into the Fire” encerra o disco de maneira épica, com teclados bem presentes, riffs bem diferentes, bateria acompanhando de forma perfeita e vocais mais do que inspirados de Gioeli.
Sign of the Times se mostra um disco mais regular que o anterior, mostra bem a já conhecida proposta de Axel Rudi Pell. Ele foi lançado em vinil com três diferentes cores, vermelho, verde e branco (mostradas no texto), além de uma versão limitada em Box Set, com um LP duplo acompanhado do CD, relógio de parede, ímã, pôster, adesivo, botton e photocard. Não se encaixaria em um top 3 de discos do guitarrista, mas sem dúvidas apresenta todas as características que fizeram de Axel Rudi Pell um dos maiores artistas alemães no que tange o hard rock.
Track list
- The Black Serenade (Intro)
- Gunfire
- Bad Reputation
- Sign Of The Times
- The End Of The Line
- As Blind As A Fool Can Be
- Wings Of The Storm
- Waiting For Your Call
- Living In A Dream
- Into The Fire
Não sei como anda os novos discos do Axel, mas o problema que vejo em muitos álbuns dele é que ele fica naquele patamar de “bom” e não sai muito disso. Não te impressiona, mas é agradável.
Vou dar uma olhada no youtube para ver essas novas faixas.