Por Onde Anda? (Parte 4)

Por Onde Anda? (Parte 4)

Por André Kaminski

O que fazem alguns membros de bandas famosas após deixá-las (ou serem despedidos)? Alguns montam outros projetos, entram em outras bandas, encerram as carreiras e vão para outros empregos ou mesmo não fazemos a menor ideia do que fazem devido a se manterem “anônimos” na internet. Aqui vão mais uma lista de músicos e o que andam fazendo ultimamente.


Sami Vänskä (ex-baixista do Nightwish)

Vänskä sempre foi um sujeito tímido e discreto, mesmo em tempos de fama que o Nightwish estava construindo nos anos em que esteve na banda. No início de 1998, o baterista Jukka Nevalainen lembrou Tuomas do baixista quando este tocava no Nattvindens Grat, banda de doom metal que lançou dois discos e que Tuomas também fez parte por um tempo. O finlandês aceitou e ficou até 2001, quando foi despedido pelo líder.

Logo após partir, Sami se juntou a uma banda de blues/jazz chamada Root Remedy e gravou três discos, saindo em 2008. O baixista ficou um tempo sumido até ser convidado pelo Nightwish a tocar uma música em 2016 como participação especial em um show na Finlândia. Depois disso, fica a pergunta do título. Por onde anda Sami Vänskä? Fuçando a internet, não achei nenhuma resposta. Só o que sei é que ele continua morando na Finlândia e é isso. Se alguém souber de algo, escreva nos comentários.


Simon Phillips (ex-baterista do Toto, The Who e vários projetos)

O renomado baterista Simon Phillips segue na ativa na música com seu projeto solo chamado Protocol, de jazz-fusion. Projeto este que até lançou um disco no ano passado chamado Protocol V. Além do ano passado ter co-escrito e lançado um disco com o tecladista Derek Sherinian (ex-Dream Theater), Phillips já tocou em estúdio para vários artistas e bandas, como por exemplo ter gravado as baterias para o clássico Sin After Sin [1977] para o Judas Priest.

Segundo o batera, ele deixou o Toto em 2013 para focar em seus trabalhos solo de jazz-fusion.


Jan Rubach (ex-baixista do Gamma Ray)

O alemão Jan Rubach se notabilizou por ter gravado dois discos famosos do Gamma Ray nos anos 90. O terceiro da banda Insanity and Genius [1993] ainda com Ralf Scheepers nos vocais e o segundo o mais que conhecido Land of the Free [1995]. Ele e o baterista do Gamma Ray na época Thomas Nack tinham uma banda chamada Anesthesia. Ambos saíram da banda para ressuscitar o Anesthesia porque mesmo que Jan tenha contribuído em algumas composições do Gamma Ray, ele queria mais liberdade para compôr o próprio material. Não deu muito certo porque a banda lançou apenas um disco que passou completamente batido pelos ouvintes.

Após isso, Jan investiu em um estúdio próprio na Alemanha e passou a gravar, mixar, fazer a engenharia de som e produzir discos para outras bandas como Blind Guardian, Venom e Iron Savior.


Warren Haynes (ex-guitarrista do The Allman Brothers Band)

Haynes entrou em 1989 para o Allman Brothers, teve uma pequena saída em 1997 e retornou em 2000 até o final da banda em 2014. Guitarrista de destaque no blues e southern rock, Haynes segue mandando shows e gravando discos com a sua banda Gov’t Mule, lançando disco este ano inclusive, e seus vários projetos.

Me surpreendi que Haynes tocou há poucos dias com estrelas como Slash, Billy Gibbons e outros músicos em uma jam de Natal que, pelas fotos, apresentou casa cheia. Talvez eu nem deveria ter posto Warren nesta lista!


Blues Saraceno (ex-guitarrista do Poison e Cream)

Acho que poucos lembram que Blues Saraceno ganhou uma audição promovida por Jack Bruce e Ginger Baker e substituiu Clapton em alguns shows em 1989 que, querendo ou não, eram 2/3 do Cream! Na prática, era o Cream.

Saraceno também entrou no Poison em 1993 e praticamente liderou as gravações de um disco que iria sair em 1995. A gravadora optou por não lançá-lo naquele momento e ele saiu amigavelmente da banda. Crack a Smile só viria a ser lançado 5 anos depois em 2000.

O guitarrista se tornou um músico de estúdio requisitado em Hollywood. Gravou com Cher, Taylor Dane e Ziggy Marley e compôs trilhas sonoras e músicas para programas de tv, desenhos animados e jogos de videogame, além de lançar alguns discos solo.

2 comentários sobre “Por Onde Anda? (Parte 4)

  1. Simon Phillips eu tinha visto recentemente no Instagram, tocando com um grupo chamado OODarWin; não conhecia esse projeto Protocol V, vou atrás. E Warren Haynes gravou com o Gov’t Mule um dos meus discos favoritos deste ano! Dos demais, apenas o Blues Saraceno é alguém que eu conhecesse, mas de “ouvir falar” nos anos 90… Nem lembrava mais da existência dele!!

    1. Acredito que os americanos normalmente saem mais fácil do nosso radar midiático por aqui quando não estão mais no “mainstream” do rock. Mas internamente, esses caras como Warren Haynes fazem shows e ficam bastante em evidência lá no mercado americano underground.

      Por alguma razão, parece que para nós aqui é mais fácil acompanhar o mercado underground europeu.

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