Estreia hoje uma nova coluna na Consultoria do Rock, “TEST DRIVE”, onde alguns de nossos consultores enviarão um resumo das suas impressões acerca de um disco específico (lançamento ou não), e assim, testaremos e consolidaremos o resultado dessa avaliação conjunta.
Para começar, o disco Bag of Bones, novo lançamento do grupo sueco Europe (lançado no Brasil pela Hellion Records) e que mantém a formação clássica Joey Tempest (vocais), John Norum (guitarras), John Léven (baixo), Mic Michaeli (teclados) e Ian Haugland (bateria). Esse é o nono disco da banda, que passa por uma ótima fase desde sua volta em 2004. Não deixem também de conferir a discografia comentada que já publicamos aqui no blog e, em breve, faremos um Direto do Forno detalhando ainda mais o disco. É bom os fãs ficarem ligados, já que os suecos anunciaram mais um show no Brasil em setembro deste ano.
Por Daniel Sicchierolli
Um disco coeso, pesado e mostrando a força do Europe. Desde o álbum Start From the Dark a sonoridade da banda mudou e Bag of Bones segue a mesma linha dos mais recentes lançamentos da banda, apesar que notei uma dose extra de peso nesse lançamento. A influência da banda no Thin Lizzy está evidente, assim como há momentos que lembram o Whitesnake e em alguns até o The Cult (escute a “Mercy You Mercy Me”). Destaque para a faixa título com seu começo acústico marcante que desemboca num refrão espetacular. Aprovado!
Por Mairon Machado
Um disco sólido voltando para raízes hardeiras e estabelecendo mais uma vez a banda como um dos principais nomes do rock na cena atual. É um Europe muito diferente do que estamos acostumados, pois estão influenciados pelo hard setentista como Led Zeppelin, Whitesnake e Uriah Heep (jamais pensei comparar o Europe com essas bandas). Méritos de um trabalho que vem sendo feito há alguns álbuns, praticamente desde a volta em 2004, com Start from the Dark. Um dos destaques é a zeppeliana “Riches to Rags” (nunca ouvi o Tempest cantando tão igual ao Plant) e com um virtuosístico solo de Norum. Recomendadíssimo!
Por Amancio Paladino
Hard Rock com pegada blues, com um retorno aos antigos valores da banda presentes antes do álbum The Final Countdown. Talvez o melhor trabalho desde seu retorno. Excelente álbum e uma excelente capa, cheia de detalhades onde aparecem os nomes de todas as músicas estrategicamente espalhados, símbolos do zodíaco e pentagramas escondidos. Tudo pra atrair os ouvintes mais detalhistas. Destaque: “Firebox” e sua inspiração na música indiana, com guitarras muito bem tocadas (que por algum motivo me lembraram de Nine Inch Nails), refrão gostoso de ouvir, sitaras e tablas bastante agradáveis fecham a melhor música do disco. APROVADO!
Por Eduardo Luppe
A fase atual do Europe ainda não me agradou, prefiro os primeiros álbuns onde a pegada era um Hard & Heavy cativante comandado pela bela voz de Joey Tempest e onde tudo se encaixava perfeitamente à proposta da banda. O álbum é muito simétrico, reto e cansativo com uma qualidade sonora que não é das melhores, com som abafado e as guitarras com um timbre moderninho e pesadão a lá Alice in Chains e Soundgarden. As composições parecem, na maioria, músicas que ficaram de fora do mediano Last Look At Eden que até então, foi o melhor da fase atual. O álbum não é de todo ruim, destaco algumas composições interessantes como a faixa título, a densa e arrastada “My Woman My Friend” e a ótima “Mercy You Mercy Me”, mas é muito pouco quando colocamos em comparação aos primeiros álbuns da banda. A partir deste disco será interessante ver para onde a banda seguirá, pois a fórmula já esta demonstrando cansaço!