Parece que foi ontem (Parte 4): Os piores discos de rock n’ roll de todos os tempos
Por Marco Gaspari
Faz de conta que você está lendo isto em março de 1991.
Confesse: quantas vezes você já se revoltou ao notar que um disco do qual gosta muito não faz parte das famigeradas listas dos 10 mais (ou 50 ou 100) elaboradas de vez em quando pelos críticos descolados daquelas famosas revistas de rock? Fãs amam odiar essas listas e não duvido também que quem as faz não se dá ao trabalho de disfarçar certo prazer sádico em provocar os leitores. Mas existe coisa pior. Aliás, 50 vezes pior.
Pois acaba de chegar às livrarias dos Estados Unidos o livro “The Worst Rock ’n’ Roll Records of All Time”, com uma lista dos 50 piores singles, dos 50 piores álbuns e também dos piores roqueiros de todos os tempos. Jimmy Guterman, um dos autores do livro, já escreveu para a Rolling Stone e a Spy, entre outras revistas do ramo, e o outro, Owen O’Donnell, é o editor da Contemporary Theater, Film, and Television. Os dois são hilários, ferinos e até mesmo subversivos em seus comentários, e o mais interessante é que não listam apenas o óbvio, mas também metem o pau em discos de algumas das vacas mais sagradas desse curral chamado rock and roll.
Dei-me ao trabalho de traduzir (mal e porcamente, claro) pequenos trechos de algumas resenhas dos piores álbuns, só para servir um aperitivo do farto banquete que as páginas deste livro nos reservam. E acredite: se já é revoltante descobrir que um disco que a gente ama de paixão não entrou para a lista dos melhores, o que dizer da sensação de ver esse mesmo disco entre os piores?
Emerson, Lake and Palmer – Tarkus (34º pior)
Tarkus deve ser uma ópera rock. Ao menos o primeiro lado, que é todo uma única música (nome das seções: “Eruption”, “Stone of Years”, “Iconoclast”, “Mass”, “Manticore”, “Battlefield” e “Aquatarkus”). Dissemos “deve ser” porque não temos certeza. Existe uma imagem do velho Tarkus na capa. Ele se assemelha a um tatu gigante com o corpo de um tanque. A trama nunca se esclarece nas canções, mas graças ao pintor William Neal a parte interna do álbum é repleta de figurinhas que supostamente contam a história.
Parece que Tarkus foi expelido de um vulcão, lutou com várias combinações de animais/veículos de batalha e eventualmente passou por cima de todos. Mas você adivinhou tanto quanto nós: estas cenas devem corresponder aos muitos dramas desse lado do disco. Sabemos que elas são dramáticas porque o andamento é um tanto acelerado e Greg Lake grita suas questões vazias um pouco alto demais. Tarkus representa alguma coisa (tecnologia? natureza? um rato que uma vez mordeu o Greg no tornozelo?), mas seu simbolismo é obscuro demais.
Iron Butterfly – Live (27º pior)
Você quer o bombástico? Nada pode ser mais bombástico do que isto. Live é a apoteose do excesso blooze (o blues não autêntico, geralmente tocado por músicos brancos). Seus riffs são mais prolixos e distorcidos do que aqueles do Vanilla Fudge. Os esforços de Doug Ingle para extravasar suas emoções significam apenas que ele grita “Huh!” um pouco mais alto e demoradamente. O conjunto tocando é como se não existisse; durante todas as faixas, órgão, guitarra e vocais brigam pelo mesmo espaço inútil.
Quando algum deles ganha uma chance de brilhar sozinho nos holofotes, os arranjos se tornam ainda mais desnorteados. Aqui, a inevitável versão de um lado inteiro de “In-a-Gadda-Da-Vida” ganha dois minutos a mais do que aquela interminável versão de estúdio. Contudo, qualquer esperança de que esses dois minutos extras possam ser usados para explicar que diabo está acontecendo é aniquilada imediatamente. Tudo o que você ganha são longos solos. É como se o guitarrista tivesse comprado seu primeiro pedal wah-wah pouco antes do show e não pudesse parar de tocá-lo. Mais de uma vez um falso final aparece. Você pensa que a música acabou, sente que o volume começa a diminuir, mas não: solo de órgão! solo de bateria! outro solo de órgão! E todo esse lixo em um disco da Atlantic: ao menos Otis Redding não estava vivo para ouvir isso.
Roger Waters – Radio K.A.O.S. (22º pior)
A cada poucos anos um tipo especial de álbum emerge. Um álbum abastecido por uma colossal inaptidão e uma perversa e fascinante falta de habilidade para comunicar mesmo as idéias mais simples sem embalá-las em pretensão. Radio K.A.O.S., o segundo disco conceitual de Roger Waters desde que ele saiu do Pink Floyd para fazer montanhas de dinheiro sozinho, é esse tipo especial de álbum. Radio K.A.O.S. é a história de Benny, um mineiro de carvão do País de Gales que ama seu aparelho de rádio amador, e seu irmão gêmeo, Billy, que é um vegetal. Por razões muito complicadas e que não valem a pena perder tempo explicando, Billy estraçalha telefones a pontapés e Benny é embarcado num navio para a América. O tio avô deles, David, se sente culpado por ter inventado a bomba atômica. Benny começa uma amizade com um detestável disc jockey de Los Angeles. Billy salva o mundo da destruição nuclear, e o tio Dave começa a se sentir um pouco melhor sobre si mesmo após assistir ao festival “Live Aid” na telinha. O álbum acaba. Bom, nós estamos relatando essa história toda porque não existe música para se escrever a respeito.
The Moody Blues – Days of Future Passed (19º pior)
O grande hit deste disco foi “Nights in White Satin”, embora só tenha sido lançado como single mais de quatro anos depois da realização do LP (em 1972, os Moodies estavam desesperados por um single Top 10). “Nights in White Satin” é um lugar de sonhos para onde sempre vão os problemas que os pequenos cérebros enfrentam quando tentam filosofar sobre o sentido da vida em uma canção pop. Em vez de apresentar uma visão clara capaz de fazer as pessoas relacionarem num nível pessoal, a letra da música se fia em frases banais, do tipo “Just what you want to be / You will be in the end”. Parece mais um daqueles slogans de recrutamento do exército americano do que uma visão de mundo bem pensada. Através de todo o álbum, enquanto a banda se agarra apenas nas canções, a orquestra conduzida pelo maestro Peter Knight é relegada ao papel de ir conectando os pedaços. No entanto, na climática “Nights in White Satin”, o arranjo sinfônico domina toda a canção: o cantor e o maestro então competem para ver quem se esmera mais.
Queen – Queen II (14º pior)
Queen jactava-se nas capas de seus primeiros álbuns (entre eles Queen II) que ali “ninguém tocou sintetizador”. O que isto na verdade significava é que ninguém na banda teve saco de sair para comprar um, pois o incessante overdub de mais guitarras, pianos e imitações de cravo praticado pela banda desmentia a “honestidade musical” que geralmente acompanha as bandas que são contrárias ao uso do sintetizador. Uma massa sonora de qualquer instrumento pode ser tão corrompida e soar tão falso quanto um sintetizador, como o Queen prova ao longo de todo Queen II. Sempre que os cantores Mercury ou May estão perto de tropeçar em uma nota que eles não conseguem alcançar, espirais de teclados ou ataques de guitarra surgem para encobrir o erro. Claro que se o grupo estivesse menos interessado em exibir suas linhas vocais e mais em explorar as linhas melódicas que poderiam engrandecer o som, esse problema não existiria. Só que ao invés de serem quatro membros abrindo mão de seus egos individuais em favor do coletivo, o Queen sempre se alternou sob os holofotes. Ao vivo, cada membro do grupo tem um solo bem grandinho para que possa implorar: “Olhem para mim!”.
Jethro Tull – Aqualung (11º pior)
Ambição é uma coisa boa. Ela encoraja os artistas e dá a eles a pretensão de ir mais longe, para explorar e talvez dominar novas áreas. Ambicioso como ele só, Ian Anderson, líder do Jethro Tull, é um daqueles habituais performers inúteis que nos fazem rir quando se aventuram a fazer um grande manifesto. Em 1971, ele apareceu com uma idéia, convencido de que ninguém antes dele na história da civilização ocidental a havia considerado: a de que haveria problemas com as religiões organizadas e que talvez houvesse mais caminhos para servir a um bem superior do que aqueles que ele aprendeu quando era garoto. No entanto, sua desajeitada colagem de apelos teatrais e sonoridade pseudometal, teologia de segunda mão e uma mal informada nostalgia rural fez de Aqualung um enorme sucesso entre os adolescentes de todas as idades.
Yes – Tales from Topographic Oceans (10º pior)
Todos sabem que é preciso tridestilar uma vodka para que ela se preste a beber. Imagine então que Tales… é o pensamento do mundo sendo destilado pela sétima vez. Só que não temos aqui um barman, mas cinco das mais difusas personalidades (e, juntos, os mais confusos pensadores) tentando coexistir em uma banda de rock. O tecladista Rick Wakeman e o baterista Alan White são os únicos genuinamente roqueiros do grupo, embora a ideia que Wakeman fazia de inventividade era liberar peidos sonoros de seu Hammond B-3 e White sempre pareceu tão desnorteado pelos elaborados desarranjos da banda que se recusava a manter uma batida. O baixista Chris Squire era um guitarrista frustrado que abarrotava cada espaço aberto de uma canção com um monte de notas, e a maneira subclássica de tocar do guitarrista Steve Howe procurava (com sucesso, aliás) afastá-lo de forma irrevogável das bases bluseiras da guitarra rock. Tudo isso era coroado pela voz etérea de Jon Anderson, que visava ser inocente e infantil, mas na realidade era insolente e pueril. O desastre era inevitável e não deu outra.
The Doors – Alive, She Cried (8º pior)
Alive, She Cried (você sabe que é Doors porque até o título é um verso ruim) é outro na parada aparentemente sem fim dos produtos Doors que a Elektra continua a lançar para capitalizar a recusa de Morrison em morrer como filão comercial. O álbum consiste em gravações ao vivo feitas entre 1968 e 1970 e está focado nas teatralizações baratas e na fantasia sexual que as pessoas na realidade querem dizer quando se referem a Morrison como “dinâmico”. A faixa de abertura, uma versão do clássico “Gloria” da banda Them, de Van Morrison, é o suficiente para fazer você correr de volta à loja de discos e dizer ao balconista que comprou o disco por engano e implorar para que ele o troque. “Gloria” começa sem maiores problemas, já que a banda chega perto da versão original. No entanto, as coisas começam logo a se degenerar. Ao invés de continuarem tocando a música, o grupo passa a tocar o que Jimbo acha que a música é. Ou seja: tanto literal quanto figurativamente, uma longa chupação de pau. O tempo da música diminui e depois aumenta para simular o ato, e Morrison grita “It’s getting harder!” entre gemidos. Isto é Morrison no que ele tem de mais verdadeiro: a única coisa que ele se importa, musicalmente ou o que for, é o seu próprio prazer. No final, nós deixamos “Gloria” nos sentindo insatisfeitos e um tanto degradados. Foi demais para engolir.
Está bom ou não? Pois esses são apenas trechos desse delicioso livro, repleto de informações e sandices bem fundamentadas. Os autores ainda listam discos do U2 (“Se o U2 não fosse tão cheio de merda, eles não seriam tão grandes quanto costumam ser”), David Bowie, Bob Dylan (dois discos), The Byrds, Bon Jovi, Rolling Stones e o campeão (o pior dos piores) Elvis Presley, entre outros. E olha que eu não falei nada dos piores singles e dos piores roqueiros (Paul McCartney é um deles!).
Jimmy Guterman e Owen O’Donnell prometem para breve o lançamento dos melhores discos de rock de todos os tempos, mas eu não acredito que ele seja tão bom quanto este. Afinal, meter o pau nos outros é sempre muito mais inspirador e interessante do que falar bem.
Eu entendo, apesar de não concordar, quando colocam o Tales numa lista dessas. Para muitos o Yes passou dos limites. Mas quando vejo um disco como o Aqualung chego a conclusão que os caras só estão querendo ser polêmicos…
Bah, mas quanta ofensidade. Olha o abursdo falado sobre o Queen. O coitado do John Deacon nunca teve espaço para solos, de tão introvertido que era. E as bobagnes sobre o Days of Future Passed, meu Deus. O Tales então é lamentável. Marco, eles não citam por um acaso da vida o Pet Sounds como um dos piores? Afinal, entre tanto disco bom, só faltou esse para eles chamarem de horrivel. E quem é o primeiro lugar dessa lista??
O pior dos piores é "Having Fun with Elvis on stage", do rebolador Presley.
O que eu acho interessante, Mairon e Bueno, é que tomamos certas opiniões como ofensas pessoais e, afinal de contas, é apenas rock'n'roll (but I like it too). O livro, no entanto, é muito legal e eu recomendo a qualquer um que se proponha a escrever sobre rock. Quantos críticos musicais conhecemos que usam do expediente de chocar e até mesmo irritar o fã/leitor para fazer sua fama no meio? Quando você lê a resenha completa (que vai de 1 a 4 páginas) de cada disco, percebe que ela é rica em detalhes e bem fundamentada em toda a sua sandice. A gente pode até achar que os autores não sabem o que dizem, mas impossível não reconhecer que eles sabem como dizer.
Então… o cara faz isto pra vender… coloca uns discos muito bons na lista de piores só pra gerar discussão e trazer a atenção pra ele… puro marketing…. prefiro listas de melhores…mas só pra descobrir coisas que deixo passar … no mais…estas listas de piores só servem pra gente dar umas boas risadas … só pra vcs verem como tudo é tão patético… o disco do ELP entrou na lista dos 1001 discos pra se ouvir antes de morrer
Só não concordei com Aqualung, tenha dó né??
o próprio Ian Anderson lançou Walk Into Light, um lixo sem precedentes, um lance eletrônico totalmente sem sentido, muito ruim…
pelo jeito o autor não curti rock progressivo rsrs
Ri muito lendo as "resenhas" feitas para os discos. Não dava para saber o que era opinião pessoal e o que era pate do roteiro de um stand up comedy. "Você sabe que é Doors porque até o título é um verso ruim". Muito divertido!
Não conheço o livro, mas, só de ler os trechos apresentados pelo Gaspa, já vi que não dá para levá-lo a sério. Todos os artistas retratados tem discos muito piores que os citados (vocês sabem quais são, não quero polemizar aqui), e escolher álbuns consagrados como "Tarkus", "Days…", "Queen II" ou "Aqualung" ou é gozação ou muita falta de percepção musical. Prefiro acreditar na primeira definição!
Obrigado por me apresentar ao livro, Gaspa. Agora, é tentar conseguir uma cópia para ler, e, espero, dar muitas outras risadas, algo que sempre é recomendável a qualquer um!
O livro está disponível para venda na Amazon, assim como o "The best…" Vale a pena inclusive ler os comentários sobre o livro.
Valeu, Micael.
Concordo com o Fábio e os demais que opinaram desfavoravelmente a esse livro, que é puro lixo, falando o português claro. Um amontoado de análises rasteiras e resenhas superficiais que só servem para isso mesmo, criar polêmica por criar polêmica, também conhecido como factóide. Indicado somente para engraçadinhos pouco exigentes e de pouco conhecimento sobre rock e música em geral.
E o povo fica revoltado.
Eu já não me revoltei, achei foi muita graça! hahahaha
claro que tem essa questão da polêmica, mas algumas coisas realmente dou o braço a torcer por exageros em discos como o Live do Iron Butterfly e do Doors. O do Tales foi o mais engraçado (apesar de que eu gosto e muito do disco) – "Imagine então que Tales… é o pensamento do mundo sendo destilado pela sétima vez. Só que não temos aqui um barman, mas cinco das mais difusas personalidades (e, juntos, os mais confusos pensadores) tentando coexistir em uma banda de rock."
Mas tem uma coisa que eu concordo (já vesti o escudo, podem vir as pedras) – "Queen jactava-se nas capas de seus primeiros álbuns (entre eles Queen II) que ali “ninguém tocou sintetizador”. O que isto na verdade significava é que ninguém na banda teve saco de sair para comprar um, pois o incessante overdub de mais guitarras, pianos e imitações de cravo praticado pela banda desmentia a “honestidade musical” que geralmente acompanha as bandas que são contrárias ao uso do sintetizador." Apesar de adorar o Queen II essa coisa do Queen com sintetizadores sempre me soou muito falsa!
Abraço!!
Ronaldo
Grande Ronaldo!
Ninguém é dono da verdade no rock (ou na música em geral). Nem os músicos, nem os críticos e nem o ouvinte. Daí o bom ou o mau gosto ser tão relativo. Tirando o disco do Roger Waters, que eu não sou lá muito fã, todos os outros são (ou já foram) meus discos de cabeceira. O que me atraiu nesse livro não foi a provocação evidente dos autores, mas a maneira como eles embasam suas afirmações polêmicas. Posso não concondar com o conteúdo, mas tiro o chapéu para a forma.
Seguramente, uma leitura divertida. Muitos dos discos que são comentados eu aprecio bastante, como o "Days of Future Passed", e sem dúvida a lista é feita para a gente discordar. Mas, normalmente, o que a Rolling Stone elogia eu não gosto, e vice-versa.
Gosto é como nariz, todo mundo tem um.
Oi, Marco Gaspari
Meu nome é André, moro no Rio de Janeiro e gostaria de sugerir que você postasse artigos sobre bandas de progressivo como Omega, Modry Effekt, Fermata,Bohemia e outras menos badaladas.
Abs
André Luiz
Já tentei escrever sobre o Omega, André, mas as informações sobre a banda são tão irrelevantes (a não ser que você entenda húngaro) que eu me senti inseguro. O Modry Efect (Blues Effect e M.Efekt) eu gosto muito. Fermata eu já escrevi sobre eles na Poeirazine. Quanto ao Bohemia não conheço o som deles, só das bandas de onde sairam os músicos: Jazz Q é muito boa e o Flamengo é excelente. Mas é uma idéia, André. Adoro essas bandas fora do eixo.
Abração.
Não concordei nem achei tão engraçado. Algumas coisas legais nos textos, mas nada que prenda tanto a atenção. Sem querer parecer nacionalista nazi-fascista, mas aqui no Brasil tem gente escreveno coisa mais engraçada. E não dou nem bom dia se discordarem, se é que me entendem, hehehe.
Acho que seria mais interessante ler as resenhas sobre o Elvis – a Lacraia rockabilly -, o Paul, esses sempre babados. Falar mal do Tales e do Radio K.A.O.S. (melhor produto floydiano pos-Wish You Were Here) é chover no molhado.. Quando vi esses discos, e a data do post, achei que fosse até algum livro sério de críticos de renome adoradores de Pixies e Kurt Cobain.
De qualquer forma, valeu a dica pra discussão.
Isso de achar que os críticos não são sérios é típico dessa sua "cabecinha" niilista e precocemente mal humorada. Mas como eu não estou aqui pra defender estúpido nenhum que se põe a criticar discos, quero mais é que os dois autores se fuedam. Destarte (gostou, Adriano?), agradeço seu comentário.
Não disse que os criticos não são serios. Disse que ESTES talvez não tenham escrito seriamente. Se tiverem escrito tudo isso a sério, acho que piora as coisas. Claro que não dá pra julgar a obra só por esses trechos, mas a tirar por eles, é isso o que penso.
Comprei esse livro recentemente e aproveitei para comprar tb o dos melhores discos escreitos pelo mesmo autor. Nesse dos piores tem outros discos que o Marco poderia ter colocado aqui como exemplo que seriam polêmicos tb. Depois coloco uma lista completa.
Normalmente a maioria dos críticos musicais, são em suma, músicos frustrados e infelizes. Pegue como exemplo, André Barcinski, André Forastieri. Esse último escreveu um texto, no mínimo ofensivo e estúpido, quando Ronnie James Dio morreu. Ele escreveu que Ozzy foi o melhor vocal da banda, e que Dio sempre foi um alienado, cantando sobre temas fantasiosos. Mas antes um músico alienado, do que um artista auto destrutivo e medíocre como o pancão do Kurt Cobain. Amaioria dos críticos musicais, que falam mal de rock progressivo e Heavy Metal, são todos indies afetados fão do lixo do Nirvana.
Muito boa lista…me acabei de rir. Mas acertam em alguns momentos. Qualquer disco do R. Waters por exemplo é candidatíssimo. Entendam que péssimos discos que ninguém ouviu não tem sentido de entrar nessa lista…só valem os grandes.
Eudes Baima
Quanta besteira!!!
Queen II é um dos melhores álbuns da história e um dos mais influentes do heavy metal!
Você não pode estar falando sério, vou considerar que você esta de brincadeira e fez este blog apenas para gerar polêmica. O Queen II, por exemplo, é considerado por muitos o melhor álbum das carreira deles, Tarkus do ELP também outra obra-prima. Você deveria mudar o título do blog para "Os menos compreendidos álbuns de rock de todos os tempos" por que pior tem vários em especial nas últimas décadas.
Corrigindo o comentário acima:
Estou me referindo ao autor do livro e não do autor do blog
Falar o que do chatérrimo e insosso The Doors? O The Doors é a banda mais chata do mundo. Não é muito difícil melhorar uma música da banda do mala do Jim Morrison. Vejam a versão de Take it as it comes que os Ramones fizeram. Mil vezes melhor do que a original. Sinceramente não sei como alguém consegue gostar de The Doors. Instrumental pobre, tosco, e pra piorar o vocal era um babaca. rsrs Assim como também não consigo entender como alguém gosta do Sgt Peppers dos Beatles, um dos álbuns mais ridículos e idiota de todos os tempos.
Discordo quanto à crítica do Sargent Pepper´s. Talvez ouvindo hoje não se compreenda o valor deste álbum. à época, foi uma revolução, criando um novo conceito sobre música através de inovações que foram copiadas ao longo dos anos por várias bandas, certamente muitas de seu gosto. Além disso, não sei exatamente o que significa um álbum ridículo e idiota: a música? os membros da banda? as composições? a sonoridade? é a chamada crítica rasa, sem muito embasamento, somente para chamar a atenção mesmo. Afinal de contas, ninguém daria muita bola se alguém chamasse um disco do Wesley Safadão de ridículo e idiota, mas como é o dos Beatles…
Piores discos de todos os tempos? Isso é fácil, todos os discos da bosta do Capital Inicial, a bandinha mais chata e insossa de todos os tempos do pop rock nacional. E o Dinho Ovo Preto se acha um galã, um tiozão bocó e cuzão que sofre de síndrome de Peter Pan mas não sabe cantar e nem compor, enfim é um bostão.
Como eu falei antes, o disco que eu mais gosto do Yes estando entre os “piores” discos do rock, é um atestado total de palhaçada e de puro mau gosto. Muitos falam que com TFTO, o grupo de Jon Anderson passou dos limites, mas eu discordo. Este disco duplo pra mim representa o ápice do grupo em todos os aspectos e símbolo da perfeição musical. Apesar das críticas (em sua maioria) negativas vindas dos fãs, o Yes finalmente atingiu seu objetivo neste trabalho, um dos muitos álbuns ingleses que eu levaria para uma ilha deserta. TFTO é a prova do que diz o versículo bíblico “a pedra que os obreiros rejeitaram, agora tornou-se a pedra angular”.
Outros discos que eu considero dignos de estar entre os piores de todos os tempos são: Atom Heart Mother (Pink Floyd), Turbo e Ram it Down (Judas Priest), Nebraska (Bruce Springsteen), Drama (Yes), Seventh Son of a Seventh Son (Iron Maiden), Love Beach (ELP), Love at First Sting (Scorpions), A Passion Play (Jethro Tull), todos os discos do Genesis sem Peter Gabriel, etc.
Ah tenho que discordar amigo! O Ram It Down do Judas Priest não é ruim, é um disco bom. Eu prefiro ele do que o fraco e pouco inspirado Desert Plains. E além do mais a faixa título é uma das melhores músicas de toda a carreira do Priest. E nesse disco os solos complexos e virtuosos do KK Downing e do Glenn Tipton já dão uma amostra do que iria vir em Painkiller. Discão.
O disco de “Desert Plains” se chama Point of Entry (1981). Ouvia muito esse álbum, só depois vi que este era um disco muito desvalorizado na discografia do JP. No entanto, o que se salva desse baita disco mais voltado pro hard rock é a faixa “Hot Rocking”, uma canção rápida e pesada, e que devia incrementar o tracklist do British Steel (1980) ou do Screaming for Vengeance (1982).
Outra coisa: obrigado pela sua citação ao Painkiller (1990), caso não saiba, o último grande álbum do JP antes dele foi o Defenders of the Faith (1984), o álbum que eu mais venero deles e que para minha tristeza não deu as caras na lista de 1984 aqui da Consultoria (colocaram aquela porcaria do Love at First Sting, o pior disco do Scorpions – como eu tinha citado antes). Turbo (1986) e Ram it Down (1988) são apenas bons discos (apesar de serem muito malhados pelos fãs), mas não excelentes quanto a trilogia oitentista “British Steel + Screaming + Defenders”.
Você falou tudo brother! O Defenders of the Faith é sem dúvida o melhor álbum do Judas. Os meus solos de guitarra favoritos estão ali, principalmente o de Rock Hard Ride Free, o melhor de todos. O Defenders sempre é esquecido. Os críticos sempre falam ou do British Steel ou do Painkiller.
E obrigado por me corrigir sobre o Point of Entry.
Obrigado por responder meu comentário e “de nada” pela correção ao Point of Entry. A ausência total de Defenders of the Faith na lista de 1984 aqui da Consultoria foi uma tremenda burrice, mas em compensação gostei da inclusão de outros álbuns como Powerslave (Iron Maiden), Ride the Lightning (Metallica), Balls to the Wall (Accept), Purple Rain (Prince) e principalmente, o que devia ocupar a primeira posição da lista: Born in the U.S.A. (Bruce Springsteen).
Pra encerrar, afirmo que a inclusão de Love at First Sting nesta lista foi a maior piada de mau gosto ocorrida aqui na Consultoria, que foi superada na lista do ano seguinte (1985) com a primeira colocação do RPM, aquela bandinha chata que eu já gostava antes, mas agora…
Eu citei Seventh Son of a Seventh Son entre os piores discos de todos os tempos da minha lista de piores, mas um dia resolvi ouvir o disco todo e logo me dei conta de que estava errado. SSOASS é realmente um dos melhores discos do Iron Maiden, mas acho que é um pouco forçado para representar o grupo numa lista das melhores bandas do rock. Porque não o Powerslave ou o The Number of the Beast?
Já expliquei o motivo disso lá no texto.
E eu já entendi tudo!