Discos que Parece que Só Eu Gosto: Carcass – Swansong [1996]
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Por Micael Machado
O acréscimo do guitarrista Michael Amott ainda antes do lançamento do terceiro álbum (Necroticism – Descanting the Insalubrious, de 1991), levou o som do então quarteto a um novo patamar musical, graças aos solos extremamente talentosos do novo membro (Steer era o responsável por todas as bases em estúdio), e a composições melhores elaboradas, que (pecado quase mortal) incluíam algumas doses de melodia em seus arranjos. O lançamento seguinte, Heartwork (1993), “amaciou” ainda mais a sonoridade do grupo, chegando mais perto do thrash e do metal tradicional, além de abolir de vez os vocais guturais. O disco estourou em muito graças à MTV e à exposição dos clipes da faixa título e de “No Love Lost“, e fez o Carcass ser reconhecido por muita gente fora do “nicho” do death metal, sendo inquestionavelmente um clássico da música pesada mundial, e o melhor lançamento do grupo.
O grupo entrou em estúdio com dezessete faixas prontas para serem registradas, mas a gravadora não via nelas potencial comercial suficiente. As disputas entre os dois lados acabaram fazendo o Carcass rescindir o contrato e voltar à Earache, que seria a responsável por lançar o álbum quando a banda já estava desfeita, o que inviabilizou uma turnê de promoção. As doze faixas que acabaram constando da edição final são ainda mais lentas e melódicas que as composições de Heartwork, muito mais próximas do thrash do que do death metal das origens do quarteto.
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Foto presente no encarte de Swansong |
Quando o grupo se reuniu em 2007, a maioria das faixas executadas nos shows eram de Necroticism ou de Heartwork, sem dúvidas os favoritos dos fãs, mas “Keep on Rotting in the Free World” estava sempre no set list representando Swansong, um disco que muitos dos apreciadores do Carcass não compreenderam à época, mas que aqueles que gostam de uma sonoridade mais melódica (como é o meu caso) logo adotaram como um dos favoritos do conjunto inglês. Pena que poucos foram aqueles que lhe deram uma chance. Não teriam do que se arrepender.
Eu faço parte da maioria apontada pelo Micael, que prefere os álbuns "Necroticism…" e "Heartwork", duas provas de quanto o Carcass se preocupava em constantemente evoluir com qualidade, apontando novos caminhos para o death metal. Mas também curto muito "Swansong", dono de uma pegada que ressalta as características melódicas inseridas no anterior e traz uma pegada mais thrash em diversos momentos. Por mim, o grupo poderia incluir mais algumas faixas desse disco em seus shows que seria ótimo…
maximum pá de ouro aqui comentando em um artigo de 13 anos atrás, mas para mim é um excelente album perdendo pro Heartwork apenas por causa da faixa-título deste segundo, que é simplesmente uma obra prima, esse vocal icônico do Jeff Walker com guitarras barítonas pesadíssimas junto com a pegada rock n roll do album são únicas, acho que não tem album igual (e se tiver alguém me recomende please)
Obrigado pelo comentário, mesmo em um texto já com 13 anos de publicação (e justamente por isto, por ter dedicado tempo a uma publicação tão “antiga”)!
Eu não conheço outros discos neste estilo, pois, embora ele seja classificado (junto com outras bandas) como “Death ‘n’ Roll”, eu nunca procurei ouvir outros representantes do estilo para aprofundar meu conhecimento sobre ele… Nessa, vou ficar devendo!
Vim do Futuro para afirmar que esse Disco é um dos meus favoritos da minha vida e um dos melhores discos de Death N Roll da Historia Carcass é um ponto fora da curva no Metal Extremo, Literalmente apadrinhou o MeloDeath e o Gore Grind e fez passagens pelo Death n Roll, Grande B.O das bandas de Death são que elas se prendem dms a aquele som cliche e pouco inovam… já o carcass soube inovar.