Notícias Fictícias que Gostaríamos que Fossem Reais: A volta do Pink Floyd

Notícias Fictícias que Gostaríamos que Fossem Reais: A volta do Pink Floyd
 
Por Micael Machado
Estreamos uma nova sessão no Consultoria do Rock, onde iremos apresentar notícias fictícias, mas que poderiam se tornar reais em algum momento de nossas estadas aqui na Terra. A intenção não é gerar polêmicas ou controvérsias sobre determinados fatos, mas apenas incitar a discussão sobre o que ocorreria se o mesmo fato chegasse a acontecer.

Então, abrimos com um texto de Micael Machado, comentando sobre a volta (fictícia) do Pink Floyd.
Há alguns anos, eu era leitor assíduo do fórum Ummagumma, o qual sumiu da internet sem deixar vestígios. Dedicado ao progressivo em geral, o fórum trazia bons temas para debates, além de resenhas de discos e DVDs e textos autorais sobre bandas que nem todos conheciam…
Um dos tópicos que o blog criou era o “Crie a sua manchete absurda do progressivo”, onde notícias fictícias causavam sonhos e devaneios aos leitores. A volta do Vímana, Bill Bruford de volta ao King Crimson, o Van der Graaf Generator tocando no Brasil (e com uma multidão os assistindo) foram algumas das notícias que surgiram…

Pois é esta a intenção desta nova coluna: “criar” notícias que muito provavelmente não ocorrerão nunca, mas que, se viessem a ser confirmadas, fariam muita gente feliz… Para começar, a volta de um dos grandes ícones do progressivo e do rock mundial, expressa numa manchete surpreendente:

BOMBA NO ROCK MUNDIAL: GUY PRATT E JON CARIN ASSUMEM A LIDERANÇA E CONFIRMAM A VOLTA DO PINK FLOYD.

A notícia pegou a todos de surpresa: em entrevista coletiva na tarde de hoje em Londres, o baixista Guy Pratt e o tecladista Jon Carin, músicos de apoio do grupo Pink Floyd desde o disco  A Momentary Lapse Of Reason, de 1987, anunciaram o retorno da banda à ativa, sem a participação de nenhum dos membros originais. A dupla, que também é parte da banda solo do guitarrista David Gilmour, outro ex-Floyd, assumirá a linha de frente do dinossauro progressivo, tendo a companhia do guitarrista Tim Renwick, que foi músico de apoio nas turnês de A Momentary Lapse of Reason e Division Bell, lançado em 1994, do baterista Steve DiStanislao (da banda solo de David Gilmour) e do percussionista Gary Wallis (também com a banda desde a turnê de A Momentary Lapse of Reason).

Guy Pratt na entrevista coletiva
Segundo Pratt, “nós conversamos com David sobre o retorno do Pink Floyd, mas, depois do falecimento de Rick (Wright, ex-tecladista da banda, morto em 2008), ele não tem mais interesse no grupo, preferindo focar em sua carreira solo. Sendo assim, eu e Jon tentamos mostrar a ele o quanto a banda ainda é importante para muita gente, e sugerimos continuar com o legado do Pink Floyd. Ele aceitou nossos argumentos e nos deu sua benção”. 
Jon Carin disse que “a maior parte de nós tem tocado estas músicas desde 1987. Estamos presentes em dois discos de estúdio e em dois ao vivo. Ninguém melhor do que nós para entender como o Pink Floyd deve ser, como ele deve soar e como ele é muito importante para ficar relegado ao passado”. Ainda segundo Carin, “os vocais serão divididos entre Guy e eu, mas Tim e Gary também contribuirão”. 
Carin feliz da vida por voltar a tocar “Dogs of War”
Segundo a dupla, um novo disco já está sendo gravado, devendo ser lançado no verão (do hemisfério norte), seguido por uma turnê europeia e outra nos Estados Unidos. “Queremos retomar as turnês de uma forma calma, pois a verdade é que não sabemos como o público vai aceitar o Pink Floyd sem David, Nick (Mason, baterista original) e Rick. Tudo o que podemos prometer é que, antes de sermos membros da banda, somos também fãs, portanto sabemos como a banda deve soar e o que ela representa, e que vamos respeitar o passado e o nome do grupo”, disse Pratt. “O disco novo ainda não tem nome, mas deverá ser uma continuação do que fizemos em Division Bell. Inclusive, Polly Samson (n. e. esposa de David Gilmour, e co-autora de várias músicas de Division Bell) está conosco, nos ajudando com as letras. Ou seja, tudo está em família”.

Em notas publicadas simultaneamente em seus sites oficiais, o guitarrista e ex-líder do Pink Floyd, David Gilmour, e o baterista Nick Mason, oficializaram seu apoio ao “novo” Pink Floyd, e inclusive deixaram aberta a possibilidade de participarem como convidados em alguns dos shows da nova turnê. Cogita-se que a participação de Gilmour, inclusive, já estaria acertada para os shows do reino Unido, França e Itália, participando de algumas músicas da década de 1970. 

Flagra da reação de Roger Waters ao saber da volta do Pink Floyd
Já Roger Waters, baixista fundador do grupo e que saiu após o lançamento de The Final Cut (1983), procurado pela imprensa e também pelos próprios membros do novo Pink Floyd, reagiu com indiferença e preferiu não se manifestar sobre o assunto.

Sobre os shows, que já começaram de forma tímida em uma apresentação no último mês de janeiro para apenas alguns convidados, dentre eles Gilmour e Mason, Carin afirmou que o repertório “será baseado nos discos A Momentary Lapse of Reason e Division Bell, pois foram os únicos em que participamos. Mas claro que não esqueceremos alguns clássicos do passado, que têm sua presença obrigatória em todo show do Pink Floyd”. O músico afirmou que, pelo menos nesta primeira turnê, a produção dos shows “será mais modesta do que nas últimas turnês do grupo, mas o telão circular e os lasers com certeza estarão lá”.

Apresentação do novo Pink Floyd com Pratt (à esquerda, usando camisa negra) e Carin (mão no rosto)
Resta agora esperar a reação do púbico à volta do jurássico grupo, sem nenhum dos seus membros mais famosos e com uma formação constituída de músicos que ficavam sempre em segundo plano dentro da própria banda. Só o tempo dirá como este renascido Pink Floyd se sairá: se em um voo firme para o sucesso e o reconhecimento ou para um esquecimento no lado escuro da lua.

13 comentários sobre “Notícias Fictícias que Gostaríamos que Fossem Reais: A volta do Pink Floyd

  1. Bem…o nome da coluna é "Noticias que gostaríamos que fossem reais", mas não sei seu gostaria que fosse desse jeito…hehehe.
    Eu gostaria que eles voltassem com Roger, Nick e David. Seria interessante se eles voltasse com um medalhão nos teclados como o Wakeman ou o Emerson…rs

  2. Ahhh….e pela cara do Roger sobre a "volta"…acho que ele não rteagiu com indiferença…hehehe
    Crei também que se isso realmente acontecesse eles iriam fazer igual àquela picaretagem do Rod Evans no final dos anos 70 com o New Deep Purple…Seria The New Pink Floyd…hehehe

  3. Apesar da notícia ser fictícia, o fato é que em meados de ano passado Guy e Carin se apresentaram ao lado da banda The End The Pink Floyd Connection. Há diversos videos no youtube que podem comprovar isso. Interessante não?

  4. Cara…se isso acontecesse seria a coisa mais nonsense da história da musica…. sei lá… os caras são musicos de apoio…são muito talentosos… mas não passaria de uma banda cover de luxo…mas sei lá…poderia fazer sucesso… é só ver o Deus Salve La Rainha… mas realmente não entendo como tem gente que pagaria tanto pra ver um cover… mas creio que há mercado sim… o próprio Lynyrd Skynyrd só tem o Rossington de original…se bem que aí a rotatividade sempre foi alta…no entanto o outro guitarrista é o Medlock então o buraco é mais embaixo…os caras tem carisma…. e não sei se estes musicos de apoio do Floyd teriam carisma suficiente pra levar a bandeira da banda em frente

  5. Seria mais ou menos como a banda Over the Rainbow é em relação ao Rainbow. Pode até contar com membros que efetivamente estiveram no palco junto do Pink Floyd, mas não representam a força criativa do grupo nem o "espírito" do grupo, por mais que isso não seja algo necessariamente palpável. Em resumo, uma banda cover de luxo.

  6. Eu acredito que uma volta da banda nesses termos é mais provável do que um retorno com Mason, Gilmour e Waters… ainda mais sem o saudoso Wright…

    Mas não sei se o público europeu e americano, que viram o Floyd no auge, aceitariam esse retorno, que, concordo, tem todo o jeito de picaretagem. Agora, se essa formação excursionasse pela América do Sul, Oceania e Japão, e tivesse uma produção de palco próxima ao que o Floyd tinha nas últomas turnês, tenho certeza que lotariam estádios… o Australian Pink Floyd tem público (e bastante)… essa formação teria ainda mais, acredito…

  7. O show do Australian Pink Floyd foi um dos melhores que eu já vi. A interpretação vocal em Great Gig In the Sky arrepiou até os cabelos do ouvido. Outra grande apresentação cover foi o Musical Box do Genesis. Ver todas as laminas do The Lamb Lies tour foi incrivel

  8. Floyd sem o Waters já era difícil de descer, quanto mais isso daí. Mas a matéria ficou muito bem feita. Chegando ao final, eu já tava quase acreditando! heuaheuaheuh

  9. Nossa, a notícia de um pesadelo. Quem gostaria que iso fosse real? “repertório será baseado nos discos A Momentary Lapse of Reason e Division Bell”…Socoooooorro!

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