Na Caverna da Consultoria: João Renato Alves

Na Caverna da Consultoria: João Renato Alves

Por Mairon Machado

Há um ano e dois meses, começamos uma série de entrevistas com as pessoas que construíram ou colaboraram com a Consultoria do Rock de alguma forma. Infelizmente, não conseguimos trazer a história de todos os colaboradores, mas 22 nomes mostraram um pouco de sua paixão pela música, abriram as portas de suas casas e, claro, trouxeram também algumas de suas preciosidades musicais.

Agora, o Na Caverna irá entrar em uma nova fase, homenageando aqueles que assim como nós, batalha no dia a dia para trazer a você, leitor, suas impressões, notícias e informações do mundo da música. Nos próximos meses, iremos trazer a história de nomes de alguns dos principais blogs e sites musicais do país, bem como leitores que são colecionadores de discos também irão apresentar sua história nesta seção. Assim, se você estiver interessado em participar, basta nos enviar um e-mail para consultoriadorock@gmail.com, que agendamos a entrevista.

Para começar a nova fase, um dos principais nomes do cenário metálico em termos do jornalismo nacional, e por que não, mundial, nosso amigo e conterrâneo gaúcho João Renato Alves, responsável pela criação e atualização do site Van do Halen. Puxe o mochinho e aprecie a história de um dos principais sites de música do Brasil.


A coleção de CDs em 2012

1. Olá João, tudo certo? Obrigado por compartilhar sua história conosco. Por favor, apresente-se para os leitores.

Um prazer conversar com a Consultoria e seu público. Meu nome é João Renato Alves, tenho 33 anos, sou jornalista formado e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Moro no interior do Rio Grande do Sul, na cidade de Cruz Alta, onde nasci e passei quase toda a minha vida.

2. Como você conheceu a Consultoria do Rock?

Já conhecia boa parte do pessoal devido às participações no Collectors Room. Depois, quando partiram para a nova empreitada, acompanhei desde o início.

Bruce Kulick homenageando a Van

3. Você participou de algumas listas de Melhores de Todos os Tempos. Qual a sua opinião sobre esse tipo de matéria coletiva?

Acho muito interessante. Sempre apreciei listas, é bacana acompanhar os choques culturais e como o ranking definitivo vai ganhando forma. Não gosto quando as opiniões saem dos álbuns e viram quase ataques pessoais a quem os colocou ali, mas fora isso, acredito que o saldo seja bem positivo.

4. Você é nacionalmente (e por que não, internacionalmente), conhecido por ser um dos criadores do site Van do Halen. Como e quando surgiu a ideia de criar o site? Você já havia participado de algum outro site anteriormente?

A Van teve início no dia 4 de agosto de 2009. A ideia inicial não era fazer um site de notícias, mas uma página para resenhas, humor, etc… Com o tempo, passamos a notar que havia espaço para tal. Aproveitando que eu já era jornalista e o Igor Miranda um acadêmico da área, nos aprofundamos nessa parte. Sou colaborador do Whiplash desde 2002, além de termos feito o Combe do Iommi antes da Van, que era um site de downloads e resenhas.

O famoso logo da Van do Halen

5. O início da Consultoria foi no formato blog. Depois de algum tempo, passamos para o formato site. A Van foi site desde o início ou teve seu período independente?

Começamos como blog e o formato de postagem se mantém o mesmo até hoje. Porém, desde 2011, temos o domínio próprio.

6. Como estão as postagens, acessos e matérias da Van hoje em dia? Onde você busca informações para manter o site atualizado?

As postagens continuam sendo feitas diariamente, sem hora específica. Algo está acontecendo, estamos online. Além das notícias temos as resenhas de lançamento e aniversário de discos, além de quadros fixos em alguns dias da semana. Os acessos giram na casa dos 300, 350 mil por mês, aumentando um pouco em época de grandes eventos ou acontecimentos que chamam mais atenção – leia-se mortes. Sobre as informações, hoje temos várias assessorias de bandas e gravadoras em contato direto, mas continuo buscando nos sites gringos, que são mais rápidos.

7. A Van tornou-se notória por ser uma referência em publicações de diversos estilos, não focando-se somente em heavy metal. Você acha que sites com estilos diversificados são capazes de atrair um público maior, ou vale mesmo a pena focar-se apenas em um estilo?

No caso da Van, procuramos falar sobre o que gostamos ou, ao menos, se encaixa no perfil do site. Vejo a página mais como Rock do que Metal, somos mais abrangentes nesse sentido. Acaba atraindo um público um pouco maior, mas não foi nossa preocupação em momento algum, apenas fazemos dessa forma desde sempre. Acredito que quando você faz mais como hobby não tem problema pertencer a um nicho menor. Porém, no caso do Heavy Metal, é um público pequeno, embora muito fiel. Não dá para esperar grandes resultados assim, tanto que não há nenhum veículo de comunicação exclusivamente Heavy que seja grande no país.

Slash, Slipknot (acima), Stones (centro), Judas e Queen (abaixo)

8. Qual a matéria / seção que você mais gostou de ter feito / criado?

Gosto muito das resenhas, embora nem sempre elas sejam muito acessadas. Faço por satisfação pessoal, pois o que dá audiência MESMO é notícia. Especialmente as trágicas, quando morre um rockstar, o público acessa muito acima da média.

9. O que você gostaria de não ter publicado no site, que possa ter gerado conflitos desnecessários?

Não consigo pensar em nada do tipo. Há algumas coisas que postamos que geraram conflitos, mas não me arrependo. Há casos em que até fizemos algo justamente para “causar”.

10. No geral, o que você caracteriza como principal característica da Van do Halen, que o torna um diferencial nos demais sites de música?

Acredito que seja a irreverência, o sarcasmo e, até mesmo, o autoflagelo. Não deixamos de falar mal de ninguém se julgarmos necessário, incluindo nós mesmos. E há a questão das manchetes bem-humoradas. É um trabalho, mas também uma grande diversão, no sentido de que realmente queremos dar umas risadas, sem perder a seriedade na hora de apurar as informações. Uma vez, o jornalista gaúcho Marcelo Ferla escreveu que “o KISS não leva o Rock a sério, mas faz Rock com seriedade”. Acho que isso se encaixa em nosso caso.

Matéria sobre o sucesso da Van do Halen (acima); Premiação recebida pelo trabalho com a Van (abaixo)

11. Como surgiu a parceria da Van do Halen com a Consultoria, através da série “Cinco Discos Para Conhecer”?

A gente começou a fazer essa série semanal e veio o pedido para republicar, prontamente aceito. Depois que o Igor precisou sair, devido a compromissos profissionais, não teria como eu dedicar o tempo necessário para a pesquisa e elaboração textual. Então, cedi o quadro ao Consultoria, que tem prosseguido de forma sensacional.

12. Você me comentou certa vez que não é um colecionador de discos, mas com certeza, é um grande conhecedor sobre música. Sendo assim, qual a sua opinião sobre sites e canais de download de música?

Por muito tempo me vali deles, porém, sempre me preocupei em comprar o que gostava e estava ao meu alcance. De uns tempos para cá, tenho usado muito streaming, nem lembro a última vez que fiz um download. Acho que pode ser uma boa maneira de se conhecer algo novo, embora haja um caminho mais fácil atualmente.

CDs

13. A população tem modificado de gosto como muda de cueca, e hoje estamos vivendo um revival sobre o lançamento do vinil. Até o cassete tem voltado com força nos últimos meses, mesmo sendo um material que tornou-se obsoleto para colecionadores das antigas. Qual sua opinião sobre isso?

Acredito ser algo muito voltado ao público que coleciona. Gosto do vinil, mas não sinto a necessidade de comprá-lo – sem contar que o preço praticado nas novas edições é fora da minha realidade. Em relação às fitinhas, acho que é só um momento “trve kvlt vndergrovnd”!

14. Como você organiza seu dia a dia para ouvir música? É um hábito comum ou apenas um hobbie de fim de semana?

Quando é um lançamento ou disco que preciso resenhar, paro tudo ou reservo um tempo nos dias seguintes. Preciso me concentrar, não dá para fazer algo em paralelo. Fora isso, estou sempre ouvindo alguma coisa, quase sempre em fones de ouvido.

Algumas obras literárias das prateleiras de Cruz Alta

15. Qual é o papel da crítica musical profissional em tempos onde qualquer pessoa pode montar um blog e sair distribuindo notas e falando o que lhes vem à cabeça?

Em termos da crítica em si, acho que não há mais tanta relevância em ser profissional ou não. Acho que isso reflete mais no factual, no noticioso. Aí faz diferença, até por uma questão de o profissional estar acostumado com a apuração dos fatos, sabendo diferenciar o que é boato gratuito de rumores com fundamento, além de evitar certas armadilhas.

16. Existe algum aspecto em particular dentro de alguma música que faça você se afastar na mesma hora? Por exemplo: você ouve algo em uma música e já não gosta dela por causa daquilo.

Quando ouço um riff “reciclado”, vocal agudo demais, normalmente me deixa com um pé atrás. Mesmo assim, procuro ouvir mais um pouco, sempre. Dificilmente deixo de ouvir um disco após ter começado. Mesmo que só vá escutar aquela vez, vou até o final. Tem que ser muito ruim para eu não aguentar (risos).

17. Muito se fala na qualidade da produção de um disco influenciar em sua qualidade geral. Você se incomoda com uma produção “ruim”? Acha que é possível passar por cima de detalhes de produção e apreciar as composições sem maiores problemas?

No meu caso, consigo passar por cima se a música for realmente boa, mas não deixo de notar e relatar. No caso do Metal, há algumas bandas que fazem isso até como uma forma de soar “true”, o que é uma besteira. Primeiro, ninguém fazia isso propositalmente àquela época. Segundo, isso não te faz captar o espírito daqueles tempos, só te faz soar um tosco. Sim, o mais importante é a música. Porém, não há desculpa para som ruim, ainda mais com a tecnologia disponível atualmente.

Mais alguns livros

18. Você tem experiência em shows? Se sim, quantos já foi e quais os mais marcantes?

Não lembro exatamente quantos, mas sempre que possível, me desloco para Porto Alegre ou algum outro centro. O primeiro que assisti foi Paralamas do Sucesso, aqui mesmo, na turnê do Big Bang. Não lembro exatamente se ainda era 1989 ou já 1990. Em 1999 vi o KISS, na turnê do Psycho Circus, com abertura do Rammstein. Tecnicamente, não foi dos melhores que já assisti. Mas a emoção foi enorme, especialmente por ter sido a única vez que pude presenciar a formação original – que já estava cambaleando. Depois, vi a atual outras três vezes e adorei todas. É a banda que mais vi, junto com Richie Kotzen. Melhor foi o Paul McCartney em 2010, emoção do início ao fim. Apresentação longa e poderia ter ficado mais umas cinco horas lá com total alegria. Fora isso, mais fácil citar os que ainda desejo ver: Van Halen, Alice Cooper (quase vi em 2011, mas um problema pessoal impediu) e Harem Scarem são os que me vem à cabeça agora.

19. Vamos falar um pouco sobre sua formação musical. Quais as principais lembranças de quando você começou a ouvir música?

Lembro de um single do Michael Jackson promovido pela Pepsi, com “Billie Jean”. Depois, algumas estreias de clipes no Fantástico, como o de “Hope Of Deliverance”, do Paul McCartney. Também me recordo do meu tio, quando vinha de Florianópolis, trazendo um monte de discos, especialmente do Pink Floyd. Depois, um acontecimento marcante foi a morte do Freddie Mercury. Ali, realmente me interessei em conhecer a obra de alguém. Queen e Van Halen foram as primeiras bandas que realmente despertaram algo em mim. Aí veio o KISS e a mente foi dominada por completo. A essa altura, tinha doze, treze anos.

20. Com quantos anos você comprou seu primeiro disco, e qual foi? Você ainda tem ele?

Além desse do Michael Jackson e os infantis que ganhei, eu indo na loja e escolhendo foi o War, do U2. Não o tenho mais, estragou. Com dinheiro meu mesmo, foi o Balance, do Van Halen.

CDs

21. Como está a sua coleção atualmente?

512 CDs, 128 LPs, mais 54 DVDs. Tem crescido pouco nos últimos tempos, pois estou com algumas prioridades que me impedem comprar mais. Espero que a situação melhore em algum momento.

22. Quais os artistas/estilos predominam na sua prateleira?

Hard Rock e Metal são as preferências, além do Rock and Roll. De certa forma, tudo se encaixaria no termo Classic Rock, que não tem significado algum nos dias atuais, já que pode ser usado tanto com uma banda antiga (pelo tempo de estrada) quanto uma atual (pelo som).

23. Quais os artistas que você teve contato que foram os mais interessantes positiva e negativamente falando, em conhecer?

Não tive muito contato, a não ser com independentes. E nem tenho interesse. Uma vez, o Richie Kotzen passou a menos de dois metros de mim, em Porto Alegre e apenas o cumprimentei com um sinal de cabeça. Não desejo conhecer meus artistas preferidos. Medo de me decepcionar? Sim, mas também porque acho que a relação do fã com o músico vai até a compra do disco ou ingresso para o show. Fora dali todos somos iguais. Há muitos caras que admiro e prestigio, mas não tenho ídolos. E em termos profissionais, nem acho muito bom ter uma amizade, pois acredito que isso acaba tirando o senso crítico se você não tomar cuidado. Então, para evitar conflitos e confusões, prefiro ficar distante.

Kiss, uma paixão (destaque para a versão diferente de Creatures of the Night, no centro)

24. Na década de 90, muita gente se desfez do vinil e foi em busca do CD. Você acompanhou a onda ou pelo contrário, arrebatou peças que hoje são consideradas raridades?

O vinil fez parte da minha infância, mas era algo de quando eu ainda não comprava o material. Nos meus tempos de consumidor, o CD já predominava no mercado. De qualquer modo, os poucos LPs que ainda tenho podem não ser raridades, mas alguns não são tão fáceis de encontrar. Não pretendo me desfazer, mas se houver uma proposta interessante e eu estiver precisando, nunca se sabe o amanhã.

25. Musicalmente, o que todo mundo gosta e você não consegue gostar? O que só você gosta?

Não gosto muito de Prog Metal. Rock Progressivo eu curto, mas o Prog Metal considero engessado, não possui a mesma liberdade sonora. Uma coisa que não vejo muita gente comentar e que me agrada é música instrumental acústica. Independente do estilo, acho bonito o som do violão em uma pegada mais técnica. Aqui no RS há a cultura da música nativista, que oferece muitos exemplares do gênero. Não coleciono discos, conheço poucos artistas pelo nome, mas acho bonito.

26. Quais os dez melhores discos da década de 60?

The Beatles – Revolver
The Beatles – The Beatles
Rolling Stones – Beggars Banquet
The Who – Tommy
Led Zeppelin – Led Zeppelin II
Cream – Disraeli Gears
Rolling Stones – Let It Bleed
Bob Dylan – Blonde On Blonde
Jimi Hendrix – Are You Experienced?
Blind Faith – Blind Faith

Como não tenho muita coisa diferente para mostrar em CD, presto um pequeno tributo aos mais velhos da minha coleção que ainda estão aí. Outros oxidaram, quebraram, etc… Esses resistem”.

27. Quais os dez melhores discos da década de 70?

Queen – A Night At The Opera
Kiss – Kiss
Van Halen – Van Halen I
Black Sabbath – Volume 4
Rolling Stones – Sticky Fingers
The Wings – Band On The Run
Deep Purple – Burn
Rainbow – Rising
Alice Cooper – Welcome To My Nightmare
Boston – Boston

28. Quais os dez melhores discos da década de 80?

Judas Priest – Screaming For Vengeance
Iron Maiden – The Number Of The Beast
Queensrÿche – Operation: Mindcrime
Van Halen – Women And Children First
Guns N’ Roses – Appetite For Destruction
Europe – Wings Of Tomorrow
Helloween – Keeper Of The Seven Keys Part 2
Slayer – Reign In Blood
Metallica – Master Of Puppets
Rush – Moving Pictures

29. Quais os dez melhores discos da década de 90?

Kiss – Revenge
Bruce Dickinson – Accident Of Birth
Savatage – Edge Of Thorns
Sepultura – Chaos A. D.
Megadeth – Countdown To Extinction
Anthrax – Sound Of White Noise
Poison – Native Tongue
Nevermore – Dead Heart In A Dead World
Pretty Maids – Spooked
Bruce Dickinson – Chemical Wedding

Vinil do Pink Floyd ao vivo na BBC, no início dos anos 1970, que recebeu pouquíssimas prensagens em sua edição original. Hoje ele já foi pirateado a torto e direito, mas antigamente era complicado de encontrar

30. Quais os dez melhores discos dos anos 2000 (de 2001 até agora)?

Winery Dogs – Winery Dogs
Richie Kotzen – Get Up
Wilson Hawk – The Road
Soilwork – Natural Born Chaos
Kamelot – The Black Halo
Lordi – The Arockalypse
Accept – Blood Of The Nations
Ghost – Meliora
Vintage Trouble – The Bomb Shelter Sessions
Uganga – Opressor

31. Cite dez discos que você levaria para uma ilha deserta.

Como precisaria ocupar minha cabeça para não enlouquecer – ou ter uma trilha sonora que tornasse essa loucura menos dramática – seriam dez discos do Kiss. Os seis primeiros de estúdio, Creatures Of The Night, Revenge, Sonic Boom e Monster.

32. Cite dez itens que deveria ter nessa ilha deserta para completar o prazer de estar com esses dez discos.

Dez tubos de protetor solar, o resto a gente dá um jeito, ao menos a curto prazo.

Rock ‘n’ roll e tricolor!!

33. Alguma coisa mais que gostaria de passar para nossos leitores?

Você não é melhor que ninguém por conta do estilo musical que ouve. O cara que se considera entendido em história porque escuta Iron Maiden só está pagando vale.

21 comentários sobre “Na Caverna da Consultoria: João Renato Alves

  1. Muito boa entrevista. Também não tenho o menor interesse em conhecer os músicos das bandas que eu curto, o que importa pra mim são as músicas que eles fazem. Esse lance de ser amiguinho e tirar foto tô fora. E parabéns pela Van, acesso diariamente.

    1. Também não tenho essa atração por conhecer os músicos. Mas tem uns que parecem ser gente boa, como o Tony Iommi, o Bruce Dickson e em terras brasileiras, o Arnaldo Baptista e o Paulinho da Viola. Mas tem uns que parece que é melhor nem dar bom dia, como o Blackmore e o Gene Simmons.

    2. Também não tenho esse tesão da proximidade com os artistas. Tem alguns caras que, podendo, eu faço questão de cumprimentar. Foi assim, por exemplo, com o Steve DiGiorgio nas duas vezes que o vi. Mas vai pouco aém disso. Foto é algo muito raro, sem forçar situação. Acho que a única exceção foi o Paul Di’Anno.

    3. Ficar atacando um ídolo dentro do aeroporto para tirar uma foto é uma coisa, agora, quando ele está lá a disposição, daí não tem como não pedir pelo menos um autógrafo

      1. Uma vez eu vinha de Buenos Aires pra São Paulo na classe executiva. Dois gatos pingados apenas e o Slash e a banda dele depois que saiu do Guns. E eu a viagem inteira ensaiando pedir um autógrafo porque meus filhos pirralhos amavam o Guns. No aeroporto, enquanto esperávamos as malas tomei coragem e pedi. Ele garranchou o nome dele em um papel e eu, me sentindo um inconveniente da porra, nem pedi pra ele dedicar pros garotos. Conclusão: cheguei em casa todo misterioso, dizendo que havia trazido um puuuuta presente: o autógrafo do guitarrista do Guns. Os moleques olharam aquele nome garranchado num papel vagabundo, que poderia até ter sido feito por mim, olharam pra pai com aquele olhar de pouco caso e voltaram pros seus brinquedos. Nunca mais pago um mico desses. Quanto à entrevista do João da Van, muito legal!

        1. No meu primeiro ano de faculdade fui com uma moça da minha sala ao show do Erasmo Carlos na minha região (puta encontro romântico kkkkk). No show eles estavam vendendo uns CDs do Erasmo comprei pra mim é pra ela.
          Ao fim do show, tava tudo indo bem, só que eu tinha bebido um pouco demais e falei com a voz já embolada pra moça pra irmos atrás do Erasmo no camarim dele, ela mandou eu sossegar e parar de beber.
          No fim das contas, nunca mais fui atrás de artista nenhum e nem bebi demais em show

  2. Bacana ver ainda mais gente nessa seção de entrevistas. Curti ler.

    Agora o momento ‘só reclama’: To lendo aquela biografia do AC/DC em Português, mas to na página 100 e to quase desistindo. Que tradução PODRE. Não é a primeira vez que eu leio uma biografia em PT porcamente traduzida (a do Max do Sepultura é horrível também), mas essa ganha o prêmio.

    1. Rapaz, eu não sei como é ao redor do mundo, mas tradução no Brasil é algo que, em grande parte, é uma verdadeira TRISTEZA. Colocam pessoas sem o mínimo conhecimento do assunto que está sendo abordado nas obras e o resultado fica evidente. E não é apenas no mercado literário. A legendagem de filmes e séries às vezes é de chorar pra qualquer pessoa com um mínimo conhecimento de inglês ou de outro idioma em questão. O trabalho independente que o pessoal faz e existe em sites como Open Subtitles é tão absurdamente superior que é sacanagem comparar.

      1. Eu andei vendo o mesmo Diogo. Um ano atrás mais ou menos peguei pra ler a biografia do Slash (uma droga, diga-se de passagem) em PT, comecei a ler e não tava rolando, pensei que eu tivesse com sono e deixei pro outro dia, mas não era. Procurei a mesma biografia em inglês e ai sim entendi. A tradução é que era uma merda mesmo. Eu só tô lenda essa em PT pq não achei a versão em inglês na net (pirata mesmo).

        Mas também não tô curtindo muito não. Tô na página 100 e até agora não tem uma palavra de AC/DC, o Mick Wall fala de tudo, até da unha pintada de vermelho do tio do padrinho do baterista que tocou na primeira banda do Bon… detalhada é uma coisa, encheção de linguiçã é outra rs

        1. Em geral, não tenho muito interesse em biografias de artistas. Sei que delas podem se extrair boas informações para melhor avaliar suas obras, mas normalmente não curto muito explorar suas vidas pessoais. O que me interessa mesmo é a música que fazem. Claro, isso não quer dizer que uma biografia não possa ser boa, e algumas até merecem a leitura, especialmente quando se trata de figuras muito peculiares. No momento estou lendo a autobiografia de Bruce Springsteen, que é uma dessas figuras especiais que têm muito a acrescentar além da sua música. Ainda por cima, a prosa do cara é muito boa, então melhor ainda.

  3. Acho que o início dessa nova fase da seção “Na Caverna…” não poderia ser com outra pessoa. O João Renato tem sido um grande parceiro há uns bons anos e ajudou muito na nossa consolidação. Em grande parte, é uma espécie de espelho no qual podemos nos inspirar, por fazer um trabalho sério em um meio em que ainda impera muito amadorismo. Merece o nosso reconhecimento.

    João Renato, gostaria de te perguntar o seguinte, se for possível: atualmente, você vive apenas da Van ou realiza algum outro trabalho, seja um frila em jornalismo ou qualquer outra coisa? Pergunto isso pois imagino que a Van tome todo teu tempo e não permita ser levada apenas como um trabalho paralelo.

    1. Faço minhas as palavras do Diogo. O João Renato vem sendo um parceiraço aqui da Consultoria do Rock. Foi muito gentil sobre a sessão Cinco Discos, já que ele nos cedeu a idéia porque nós praticamente monopolizamos o formato. Agradeço muito!!
      Só se esqueceu de contar que por um tempo também foi rondoniense.
      Abraços e que a parceria se fortaleça!!!

  4. Só pelo fato do João citar em sua lista oitentista o melhor disco do Metallica, o segundo melhor disco do Iron Maiden (que foi eleito como “o melhor disco britânico dos últimos 60 anos”) e o tal disco do Judas Priest que eu falo que é mil vezes melhor do que o Love at First Sting, já valeu muita coisa.

  5. Gostei muito da entrevista, parabéns aos envolvidos, especialmente ao João Renato, e também pelo trabalho dele à frente da Van do Halen, site que acesso religiosamente várias vezes ao dia, e que já se tornou minha principal fonte de informações musicais nesta longa seara que é a internet brasileira! Longa vida à Van!

  6. que bom que voltaram as entrevistas e essa foi mto legal e esclarecedora, no trabalho ouço a kiss fm e as noticias sobre musica que eles dão é extraída diretamente da van do halen, sem falar que els foram os primeiros a noticiar a morte de lemmy .

  7. boa a entrevista, conheço sua cidade Cruz Alta, fui opor ai em 2003, enfim massa vê cds da banda Acid, Dave Evans ( tenho esses dois) bons trabalhos e livros biográficos ou sobre rock em geral curto muito e tenho vários tb. valeu.

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