Plebe Rude – Nação Daltônica [2014]
Por Micael Machado
Depois de oito anos sem apresentar um registro de inéditas, a Plebe Rude lançou em 2014 seu sexto disco, Nação Daltônica, uma mostra da relevância e da importância do quarteto originado em Brasília para o rock nacional. Os fundadores Philippe Seabra (guitarra e vocais) e André X (baixo e vocais) se fizeram acompanhar pelo guitarrista e vocalista Clemente Nascimento (também membro dos Inocentes, na banda desde 2004) e pelo estreante baterista Marcelo Capucci (que se uniu ao grupo em 2011), e gravaram um disco que reafirma a essência do som da Plebe.
Considerada uma das primeiras formações punk do país (ao lado do Aborto Elétrico), a música do quarteto sempre foi mais do que o estilo delimita, incorporando elementos do pós-punk, do pop rock e do folk ao longo de sua trajetória. Nação Daltônica traz um pouco de tudo isso em suas dez faixas (que perfazem pouco menos de trinta e seis minutos), mostrando a integridade de Philippe, o principal compositor da banda. Até mesmo a capa, que intencionalmente remete a Nunca Fomos Tão Brasileiros (segundo disco do grupo, de 1987), parece querer reafirmar que, mesmo passados tantos anos, a Plebe ainda é a mesma, desde o som até a temática contestadora das letras, como se percebe em “Anos de Luta“, que critica a apatia da atual geração de “roqueiros” do país, onde a música não é o mais importante, mas sim a fama e o sucesso instantâneo, ainda que para isso seja preciso aceitar as “regras do jogo” impostas pela TV e pelas rádios, e onde tudo vira apenas “entretenimento no final” (em uma mensagem parecida com a de “Minha Renda”, do EP de estreia do grupo).
A Plebe Rude atual: Clemente Nascimento, André X, Philippe Seabra e Marcelo Capucci
Com o baixo guiando a melodia, a agitada “Que Te Fez Você” é um dos destaques do track list, ao lado de “Mais Um Ano Você” (versão em português para “Will You Stay Tonight?”, da banda inglesa de The Comsat Angels, e que, ao expurgar os chatos teclados eletrônicos da versão original, acabou ficando bem mais interessante do que esta), da legitimamente pós-punk “Rude Resiliência” e de “Tudo Que Poderia Ser”, composição que traz em seu arranjo todas as características típicas da Plebe Rude, e que ganha aqui sua versão “oficial” de estúdio, visto já ter aparecido antes no ao vivo Rachando Concreto, de 2011.
Se a semi-balada “(Go Ahead) Without Me” (com letras em inglês) teve todos os instrumentos tocados exclusivamente por Philippe, a linda “Sua História” contou com a participação da Orquestra Filarmônica de Praga, enriquecendo ainda mais o arranjo de uma das melhores faixas do disco. “Retaliação”, a faixa de abertura, tem um ritmo mais cadenciado, quase marcial, enquanto “Quem Pode Culpá-lo?” lembra algumas bandas da cena “alternativa” atual (e poderia facilmente marcar presença nas rádios, caso estas se interessassem em tocar música de qualidade em sua programação) e “Três Passos”, que fecha o trabalho, é a única deste registro a contar com os vocais de Clemente em dueto com Seabra.
Contracapa de Nação Daltônica
Nação Daltônica nos faz lembrar de um tempo onde o rock brasileiro era contestador, instigante e relevante, e não dominado por aglomerações “indie” com tendências “modernosas” e sonoridade derivativa e enfadonha! Que saudades!
Track List:
01. Retaliação
02. Anos de Luta
03. Mais Um Ano Você
04. Que Te Fez Você
05. Sua História
06. Rude Resiliência
07. Quem Pode Culpá-lo?
08. Tudo Que Poderia Ser
09. (Go Ahead) Without Me
10. Três Passos
Excelente resenha MM. A Plebe Rude resiste aos modismos e consegue manter sua relevância musical. Parabéns. O disco solo do Clemente lancado ha poucos meses também merece atenção.
Valeu, Antônio! Eu fiquei sabendo deste disco do Clemente, mas ainda não consegui lhe dar atenção, embora tenha lido críticas bastante positivas sobre ele!
Sempre achei as bandas de brasília dos anos 80 uma tremenda bosta. A Legião Urbana sem dúvida foi a banda mais chata e insuportável que já existiu no Brasil. O Capital Inicial sempre foi uma banda medíocre e desprezível. Já esses bundengos da Plebe Rude sempre fizeram um som descarnado e fraco. Posavam de punk mas a maioria deles lá de brasília dessa época eram filhinhos de papai criados a leite com pera posando de “revolucionáros anti-burgueses”. Além do mais punk rock sempre foi um estilo musical descartável e medíocre. Foi graças a esse estilo que se criou a falsa idéia de que “não é preciso saber tocar direito para ser músico”. Em suma fuja dessa aberração musical chamada punk rock.
Faça um som melhor então seu merda, fica aí criticando o trabalho dos outros
No mínimo algum integrante da Plebe com nome fake para vir me atacar. hehehe Não fica nervoso não meu caro! Faz mal para a saúde.
Gosta de progressivo seu bundâo? É por causa de caras como você que se acha o pica do entendimento que faz o Rock brasileiro ser medíocre! Vai se informar! É sobre comportamento é anti musica.
Agora as bandas paulistas são amigas dos boyzinhos metidos a punk lá de brasília. Mas no início dos anos 80 os “punks” de boutique brasilienses eram alvos de deboche e comentários hilários dos punks legítimos porém arrogantes e estúpidos de SP. Por exemplo, ficou famosa uma frase proferida por uma figura importante do punk paulistano: “Toca mais rápido filho de diplomata!”. E o Clemente na banda não fez diferença nenhuma já que a banda dele nunca foi grande coisa. Mas o que eu estou falando? Eu sempre repudiei punk. Para mim, banda punk não representa nada.
Que comentário bosta!!!!!!
O cara é tão podre que nem nome tem
Obrigado à todos da Consultoria do Rock pela liberdade de opressão, digo de expressão.
Se não fossem pelos Raimundos, Brasília hoje seria uma capital irrelevante musicalmente. Legião Urbana, Capital e Plebe nunca foram rock de verdade. Plebe Rude é uma das bandas mais insossas de todos os tempos do pop rock nacional.
Cara, vc é ridículo e se expõe ao ridículo, esses seus comentários são ridículos
Ridículo é quem vive a ilusão de que Plebe Rude é “rock”. É minha opinião Alex, e você não tem nada que ver com isso. Fica na sua aí! E repito, as bandas de Brasília dos anos 80 eram uma porcaria. Pronto!
Cara, R Ao Contrário e Nação Daltônica são discos que salvam a geração. Discaços!
Concordo com você Diego, a Plebe mantém o padrão.
Ué, já acabou a treta entre a plebe e o rude?
kkkkkkkkkkkk
Bela resenha, Micael. Gosto muito da Plebe Rude. E a formação nova está ótima. Já tive a oportunidade de assistir um show deles e os caras estão mandando muito bem. Quanto ao disco, está bem legal. Em outras épocas, “Anos de Luta” apareceria nas rádios com força.
Valeu, Davi! Realmente, a banda está mandando muito bem ao vivo, pena que venham tão pouco aqui para o sul do país!
Gosta de progressivo seu bundâo? É por causa de caras como você que se acha o pica do entendimento que faz o Rock brasileiro ser medíocre! Vai se informar! É sobre comportamento é anti musica.